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P. Diddy encara julgamento por tráfico sexual com risco de prisão perpétua; entenda

Seleção do júri começa nesta segunda (05) em Nova York; magnata do hip-hop é acusado de comandar rede de abusos

  • Foto do(a) author(a) Ana Beatriz Sousa
  • Ana Beatriz Sousa

Publicado em 5 de maio de 2025 às 13:26

P. Diddy
P. Diddy Crédito: Reprodução

O império construído por Sean "Diddy" Combs nas últimas décadas com música, moda e festas de luxo está agora no centro de um dos julgamentos mais aguardados do ano nos Estados Unidos. Acusado de envolvimento em uma rede de tráfico sexual e extorsão, o artista, que já foi sinônimo de ostentação e sucesso, enfrenta a possibilidade de passar o resto da vida atrás das grades.

A seleção do júri tem início nesta segunda-feira (05), no tribunal federal de Manhattan, e marca a abertura oficial do processo criminal contra o rapper e empresário, de 55 anos. As declarações iniciais devem ocorrer a partir do dia 12 de maio. A expectativa é que o julgamento dure várias semanas.

Diddy, preso desde setembro de 2024, responde por acusações que incluem tráfico sexual, transporte de pessoas para fins de prostituição, conspiração para extorsão, sequestro e violência. Se condenado em todas as frentes, pode ser sentenciado à prisão perpétua.

No centro do escândalo estão as chamadas “freak-offs”, festas privadas supostamente organizadas por Combs entre 2004 e 2024. Segundo o Ministério Público, nesses eventos, mulheres eram drogadas, coagidas e obrigadas a manter relações sexuais com o rapper e outros participantes, inclusive com prostitutos homens. Muitas dessas cenas teriam sido registradas em vídeo.

Os promotores alegam ainda que Diddy usava promessas de fama, dinheiro e ameaças para manter controle sobre suas vítimas. Ao menos quatro delas deverão depor durante o julgamento, sendo que duas aceitaram revelar suas identidades. Entre elas está a cantora Cassie Ventura, ex-companheira do artista, que afirma ter sido abusada ao longo de mais de uma década de relacionamento.

Cassie foi também a protagonista de um vídeo chocante divulgado em 2024 pela CNN, no qual Diddy aparece agredindo-a fisicamente em um hotel. A gravação será apresentada ao júri, após a Justiça negar os pedidos da defesa para barrar seu uso. Dias após a exibição pública das imagens, Combs divulgou um pedido de desculpas.

Apesar de sua postura de inocência, Combs recusou um acordo judicial proposto pela promotoria. A defesa será conduzida por um time de peso, liderado pelos advogados Marc Agnifilo, Teny Geragos e Brian Steel. O julgamento será presidido pelo juiz federal Arun Subramanian, nomeado pelo presidente Joe Biden.

O caso de P. Diddy marca um novo capítulo no acerto de contas da indústria musical com denúncias de abuso e exploração sexual, após anos de impunidade. A exemplo do que ocorreu com R. Kelly, condenado em 2022, o processo promete trazer à tona os bastidores sombrios de um império que por muito tempo brilhou sob os refletores.

O julgamento não será televisionado, mas a imprensa americana fará cobertura em tempo real direto do tribunal de Nova York.