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Padre é acusado de intolerância religiosa após debochar: 'Cadê esses orixás que não ressuscitaram Preta Gil?'

Associação de religiões de matriz afro-indígena formalizou um boletim de ocorrência

  • Foto do(a) author(a) Giuliana Mancini
  • Giuliana Mancini

Publicado em 30 de julho de 2025 às 13:24

Preta Gil e o padre Danilo César
Preta Gil e o padre Danilo César Crédito: Reprodução

Um vídeo de um padre debochando da religião da cantora Preta Gil (1974-2025) viralizou e causou polêmica. O sacerdote Danilo César foi acusado de intolerância religiosa após afirmar que os orixás não "ressuscitaram" a cantora, que morreu aos 50 anos, vítima de câncer. A declaração aconteceu durante missa realizada no último domingo (27), na cidade de Areial, na Paraíba.

“Eu peço saúde, mas não alcanço saúde, é porque Deus sabe o que faz, ele sabe o que é melhor para você, que a morte é melhor para você. Como é o nome do pai de Preta Gil? Gilberto Gil fez uma oração aos orixás, cadê esses orixás que não ressuscitaram Preta Gil? Já enterraram?”, disse o padre, durante a homilia.

Aniversário de 50 anos de Preta Gil por Reprodução

Após citar o caso de Preta Gil, ele falou diretamente aos fiéis que estavam o acompanhando na Igreja de Areial para pararem de procurar essas "coisas ocultas" e que "o diabo os levasse", se referindo aos católicos que fazem pedidos para entidades de outras religiões. 

"E tem católico que pede essas coisas ocultas, eu só queria que o diabo viesse e levasse. No dia seguinte quando acordar lá, acordar com calor no inferno, você não sabe o que vai fazer. Tem gente que não vai aqui (Areial), mas vai em Puxinanã, em Pocinhos, mas eu fico sabendo. Não deixe essa vida não pra você ver o que acontece. A conta que a besta fera cobra é bem baratinha", continuou.

O sacerdote também relatou a história de uma mulher que teria prometido a vida da filha "essas entidades desconhecidas". Ele associou as práticas das religiões de matriz africana à "morte" e ao "sofrimento".

Preta Gil morreu vítima de câncer colorretal por Reprodução

"Eu já fui fazer as exéquias na minha cidade natal e uma mãe desde cedo tinha consagrado a filha a essas entidades desconhecidas que têm vários nomes, ela morreu cedo e a morte dela foi uma morte tão sofrida. E eu lembro quando ela dizia que ‘tinha sido a besta fera que tinha vindo buscar a filha dela conforme tinha prometido’, olha a conta, um filho", falou.

O vídeo no qual o padre faz as declarações foi postado inicialmente no canal do YouTube da Paróquia, em uma transmissão ao vivo. O conteúdo, porém, foi retirado do ar após viralizar. Alguns trechos, porém, foram compartilhados nas redes sociais.

As falas foram rebatidas pela Associação Cultural de Umbanda, Candomblé e Jurema Mãe Anália Maria de Souza, que emitiu uma nota de repúdio. Rafael Generino, presidente da associação, registrou um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil pelo crime de intolerância religiosa e também informou que vai realizar a denúncia no Ministério Público da Paraíba (MPPB) sobre as falas do padre.

“Deus é amor e respeito ao próximo, onde infelizmente esse senhor que se diz sacerdote prega o ódio e o preconceito e ainda amedronta em pleno culto em sua igreja”, diz parte da nota.