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Heider Sacramento
Publicado em 22 de julho de 2025 às 06:42
Em 2014, Preta Gil usou as redes sociais para denunciar uma situação que a deixou profundamente indignada. A cantora, que sempre defendeu a beleza real e a representatividade de corpos diversos na mídia, foi capa da revista Moda e Moldes naquele ano, mas se revoltou ao ver sua imagem alterada sem consentimento. "Em estado de choque! Não tem como não me indignar", escreveu ela no Instagram, ao comentar o uso abusivo de Photoshop na foto publicada. >
Segundo Preta, a publicação não só editou a imagem por conta própria, como também ignorou a aprovação dela e do fotógrafo responsável pelo ensaio. “Fiz essas fotos para capa dessa revista e a mesma foi publicada sem minha aprovação e do fotógrafo. O Photoshop foi feito por conta própria. Aí está o resultado! A foto original está linda, nem precisava de grandes ajustes”, protestou.>
Preta Gil
A artista ainda reforçou que não se reconhecia na imagem final: “Infelizmente, essa que está na capa da revista não sou eu! Que vergonha!!! O trabalho de todos os profissionais envolvidos foi comprometido”, completou.>
Nos comentários da publicação, fãs da cantora também se revoltaram com a edição. “Por que te deixaram branca? Muito mais bonita sem Photoshop!!”, criticou um seguidor. Outro afirmou: “Você é simplesmente linda! Que mania é essa de querer encaixar todos num tal de 'padrão' que algum babaca inventou?”>
Dias após a repercussão, a então editora da revista, Aline Ribeiro, respondeu às críticas em entrevista ao jornal Extra. “A imagem digital não é como a impressa. Todo mundo deveria ter pegado também a revista de papel para ver. A capa ganha uma aplicação de verniz especial, que a faz brilhar um pouco mais”, justificou.>
Ela também se posicionou sobre as acusações de racismo feitas por internautas: “Estamos tristes pelas acusações. Elas não partiram da Preta, mas de pessoas que comentam livremente na internet. Em cinco anos de mercado, esse tipo de coisa nunca tinha acontecido. Lamentamos a repercussão”, afirmou. Ainda segundo a editora, a intenção da publicação era valorizar a cantora: “A admiramos muito como mulher e profissional. Fizemos uma bela matéria com um ensaio bacana, de oito páginas, pois rendeu muito”.>