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Temperatura de 37,5°C já é febre: entenda o que muda e quando procurar o pediatra

Temperatura limite agora é 37,5°C: entenda o que muda com a atualização da Sociedade Brasileira de Pediatria e como agir em casa

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 3 de novembro de 2025 às 14:00

Pediatras alertam sobre
Pediatras alertam sobre "febrefobia": saiba quais sintomas, além do termômetro, indicam que você precisa levar o bebê ao pronto-socorro Crédito: Pexels

A febre representa uma das maiores angústias e preocupações para pais e cuidadores de crianças, gerando até 65% dos atendimentos de emergência, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Embora gere alarme, a elevação da temperatura corporal constitui, na maioria das vezes, uma resposta natural do organismo diante de infecções, vírus ou bactérias.

Recentemente, a SBP atualizou o parâmetro que define a febre infantil. Agora, os profissionais consideram febre quando a temperatura axilar está igual ou superior a 37,5°C, sendo que o limite anterior era de 37,8°C. A nova diretriz se baseia em evidências científicas que sinalizam que pequenas variações já indicam que algo está fora do normal no corpo da criança.

Crianças por Shutterstock

A pediatra Simone Borges da Silveira explica que o ajuste visa padronizar a avaliação clínica, facilitando o diagnóstico e o cuidado médico. Como resultado, pais e cuidadores precisam saber como proceder em casa e, sobretudo, reconhecer os sinais de alerta que exigem uma corrida imediata ao pronto-socorro.

O mecanismo de defesa e a febrefobia

O pediatra e neonatologista Nelson Douglas Ejzenbaum reforça que os pais não devem enxergar a febre como um inimigo. O aumento de temperatura funciona como um mecanismo de defesa, ajudando o corpo a combater a infecção. Por conseguinte, abaixo de 37,5°C, geralmente não há risco para o pequeno, e a própria febre pode ajudar o corpo a combater o problema.

A médica Simone Borges da Silveira faz um alerta importante: é fundamental evitar cair na chamada “febrefobia”, o medo exagerado da febre. A maioria dos quadros tem origem viral e não requer o uso de antibióticos. O foco dos pais deve permanecer no conforto da criança e na observação atenta do seu comportamento geral.

Cuidados em casa e aferição

Em muitos casos, os pais conseguem controlar a febre apenas com a observação e a aplicação de medidas simples e eficazes. Para aliviar o desconforto da criança, você deve priorizar roupas leves, banhos mornos e garantir uma boa hidratação. É crucial evitar totalmente banhos frios e, de forma alguma, aplicar álcool na pele, pois estas práticas podem gerar riscos à saúde do paciente.

Além disso, a forma de aferir a temperatura interfere no resultado, explica a pediatra Simone. No Brasil, utilizamos mais a medição pela axila, que padroniza a avaliação. Contudo, a via retal não é adotada, e o termômetro no ouvido pode gerar falsos negativos se a criança tiver acúmulo de cera.

Quando procurar ajuda: os sinais de alerta

A oncologista pediátrica Juliana França da Mata destaca que a febre exige investigação médica somente se vier acompanhada de sinais claros de mal-estar intenso. O aumento da temperatura por si só não é o problema, mas sim sintomas como sonolência excessiva, falta de apetite, choro intenso ou irritabilidade.

Em casos de febre muito alta, o pediatra Ejzenbaum alerta que a família deve buscar atenção imediata se a criança apresentar dor de cabeça intensa, confusão mental, convulsões, manchas na pele ou dificuldade para respirar.

A SBP estabelece orientações específicas para bebês com menos de 3 meses que apresentem temperatura acima de 38°C ou abaixo de 35,5°C, sendo obrigatório levá-los ao pronto atendimento.

Consequentemente, crianças com doenças crônicas, problemas de imunossupressão ou febre que persiste por mais de três dias também requerem avaliação médica profissional. A doutora Juliana reforça que o estado geral e o comportamento da criança devem guiar a decisão, e não apenas o número no termômetro, então, em qualquer dúvida, o ideal é buscar orientação pediátrica.