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Heider Sacramento
Publicado em 5 de dezembro de 2025 às 08:17
Adriana Toscano, viúva de Canisso, acusa o Raimundos de interromper repasses que, segundo ela, deveriam continuar sendo feitos à família após a morte do baixista em 2023. Em entrevista recente, Adriana contou que existia um contrato entre os integrantes prevendo que os herdeiros assumiriam a participação do músico nos lucros da banda, algo que, na sua visão, deixou de ser cumprido. >
Segundo a viúva, os problemas começaram anos antes da morte do artista, quando Digão decidiu entregar a administração do grupo a Denis Porto, seu empresário na carreira solo. A troca, que ocorreu ainda em 2008, teria sido criticada por Canisso, que temia um choque de prioridades e afirmou não concordar com a condução da gestão.>
Adriana e Canisso
Após o falecimento do baixista, Adriana afirma que o cenário mudou completamente. Ela relata que, inicialmente, ouviu de Digão que o acordo seria mantido, mas que cerca de um ano depois os pagamentos foram suspensos sem aviso formal. A viúva apresentou uma cópia do contrato que, segundo ela, embasaria as cobranças. O documento prevê que os herdeiros devem integrar a sociedade até a conclusão da partilha e que o inventariante representa o músico nesse período.>
Adriana afirma que a banda teria criado um novo CNPJ, o que, segundo sua versão, permitiu que os repasses referentes aos shows fossem interrompidos. Já os valores relacionados a direitos autorais e gravadoras continuariam sendo pagos normalmente. Ela relata que não houve diálogo por parte da atual gestão. “O Digão e o Denis não avisaram nada, não falaram nada. Poderiam ter me ligado e falado para a gente ao menos fazer um acordo. Não teve nada disso. Teve um silêncio, e eu ficava sabendo das coisas pelo meu advogado, que descobria”.>
A viúva diz ainda que sua queixa não é com o Raimundos como banda, mas com a condução adotada pelo vocalista e seu empresário. Segundo ela, a decisão teria ignorado o acordo original firmado com Canisso, que permaneceu no grupo por décadas.>