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Lançamento de raridades e homenagens marcam 80 anos de Gal Costa

Grande nome da música brasileira, a baiana celebraria aniversário hoje e data será lembrada em Salvador

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 26 de setembro de 2025 às 08:23

Gal Costa
Gal Costa Crédito: Reprodução

A cantora baiana Gal Costa, uma das vozes mais emblemáticas da música brasileira, completaria 80 anos nesta sexta, 26 de setembro. A efeméride é celebrada com uma série de lançamentos que vão do resgate de discos fora de catálogo à chegada de registros inéditos de sua última apresentação.

Entre as novidades mais aguardadas está o álbum “As várias pontas de uma estrela (ao vivo no Coala)”, programado para 17 de outubro. Gravado no festival realizado em São Paulo, em setembro de 2022, o disco reúne interpretações de clássicos de Milton Nascimento, Chico Buarque, Dorival Caymmi, Caetano Veloso e Tom Jobim, além de lados B da carreira da artista. No mesmo dia, será disponibilizado o audiovisual completo da apresentação.

Um aperitivo já chegou às plataformas na véspera do aniversário: um single triplo com “Como 2 e 2” (Caetano Veloso), em dueto com Rubel; “Vapor barato” (Jards Macalé/Waly Salomão), com Tim Bernardes; e “Brasil” (George Israel/Nilo Romero/Cazuza), registrada pela primeira vez ao vivo pela cantora. A gravação original de estúdio de “Brasil” ficou famosa como tema de abertura da novela “Vale Tudo”, em 1988.

Gal nasceu em setembro de 1945, em Salvador, Bahia por Reprodução

André Wainer, responsável pela edição, destaca a importância do registro, que é do último show de Gal. Segundo ele, apenas um arquivo da transmissão ao vivo existia, em qualidade comprometida pela compressão. “Com recursos de inteligência artificial, trabalhamos a imagem, eliminamos as marcas da compressão e recuperamos a densidade necessária para uma boa correção de cor e finalização”, explicou, em entrevista a O Globo.

A Sony também aproveita a data para relançar três discos da fase de grande sucesso da cantora, originalmente editados pela BMG nos anos 1980 e 90: “Bem bom” (1985), “Lua de mel como o diabo gosta” (1987) e “Gal” (1992). O primeiro reúne sucessos como “Sorte”, em parceria com Caetano Veloso, e “Um dia de domingo”, com Tim Maia, além de faixas assinadas por Djavan, Gonzaguinha, Roberto e Erasmo Carlos. Já o disco de 1987 traz canções de Milton Nascimento, Lulu Santos, Djavan, Caetano Veloso e Joyce Moreno. O álbum “Gal”, por sua vez, é marcado pela ousadia, com participações do grupo Raízes do Pelô, dos Filhos de Gandhi e do violonista Marco Pereira, além de um clássico de Cole Porter.

Também hoje, começa a pré-venda da edição de luxo em vinil duplo de “Estratosférica” (2015). O relançamento inclui três músicas inéditas na primeira versão: “Vou buscar você pra mim” (Guilherme Arantes), “Muita sorte” (Lincoln Olivetti e Rogê) e “Átimo de som” (Zé Miguel Wisnik e Arnaldo Antunes). O álbum, idealizado por Marcus Preto e produzido por Kassin e Moreno Veloso, aproximou Gal de novas gerações de compositores, com faixas de Marisa Monte, Céu, Tom Zé, Marcelo Camelo, João Donato e Mallu Magalhães, autora do hit “Quando você olha pra ela”.

Ainda pela Sony, chegam às plataformas, em 17 de outubro, a versão remixada de “Brasil”, o compacto de estreia da artista em 1965 (quando ainda assinava como Maria da Graça), a música “70 neles”, feita para a Copa de 1986, e uma rara gravação de “Jovens tardes de domingo” (Roberto e Erasmo Carlos), registrada em 1997 para a novela “Zazá”.

A Universal Music, por sua vez, apresenta a coletânea digital “Gal 80”, reunindo 15 sucessos, e anuncia reedições em vinil de álbuns clássicos como “Legal” (1970), “Fa-Tal - Gal a todo vapor” (1971), “Gal Tropical” (1979) e “Fantasia” (1981).

Gal Costa, batizada Maria da Graça Costa Penna Burgos, nasceu em Salvador em 26 de setembro de 1945 e construiu uma trajetória fundamental na música brasileira, eternizada em canções como “Baby”, “Chuva de Prata”, “Meu Bem, Meu Mal”, “Pérola Negra” e “Barato Total”. A artista faleceu em novembro de 2022, aos 77 anos, após uma cirurgia para retirada de um nódulo na fossa nasal direita.

Homenagens em Salvador

As comemorações pelos 80 anos de Gal Costa também ganham palco em sua terra natal. Em Salvador, a Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba) realiza nesta sexta-feira (26), na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, um concerto especial em tributo à cantora. Os ingressos se esgotaram em menos de 20 minutos, mas o público poderá acompanhar a apresentação gratuitamente pelo canal da Osba no YouTube. A regência será do maestro Carlos Prazeres, com direção artística de Manno Goés, e o espetáculo reunirá 11 vozes convidadas, entre elas Lazzo Matumbi, Simoninha, Márcia Short, Luíza Britto, Clariana, Emanuelle Araújo e Claudia Cunha. Sophie Charlotte, atriz que interpretou Gal no filme “Meu Nome é Gal” (2023), também participará.

No mesmo dia, às 19h, o Teatro Gamboa recebe o espetáculo “Gal pra Dançar”, comandado por Andrezza. A cantora, que assina direção musical e se apresenta na voz e guitarra, sobe ao palco acompanhada por Antenor Cardoso (bateria) e Renato Nunes (baixo). O show, que já rodou diferentes cidades, aposta em releituras dançantes da obra de Gal, mesclando clássicos com ritmos populares como axé, arrocha, pagodão e funk. Os ingressos custam R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia), disponíveis no Sympla.

A homenagem continua no domingo (28), quando Andrezza leva o espetáculo ao Projeto Viver Salvador, na Rua do Chile, no Centro Histórico, em apresentação gratuita marcada para 19h30. “Gal sempre foi uma referência de liberdade, ousadia e força na música brasileira. Poder cantar e recriar sua obra nessa data tão simbólica é um gesto de amor e gratidão”, afirma a artista.

Tags:

Música gal Costa