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Com futebol liderando atividades infantis, veja como clubes investem em projetos para revelar jovens

Escolinhas de futebol ganham protagonismo no desenvolvimento social, educacional e esportivo de crianças e adolescentes no Brasil

  • Foto do(a) author(a) Alan Pinheiro
  • Alan Pinheiro

Publicado em 26 de novembro de 2025 às 14:44

Futebol é o esporte mais praticado entre 48% dos jovens brasileiros entre 6 e 17 anos brasileiros
Futebol é o esporte mais praticado entre 48% dos jovens brasileiros entre 6 e 17 anos brasileiros Crédito: PEDRO ERNESTO/DIVULGAÇÃO

O investimento dos clubes em escolinhas de formação tem impulsionado o surgimento de novos talentos e fortalecido as bases do futebol brasileiro. Nos últimos anos, houve uma ampliação significativa no número de centros de desenvolvimento esportivo, acompanhando uma tendência nacional: jovens têm buscado no futebol não apenas uma oportunidade competitiva, mas uma possibilidade real de transformação social e melhoria da qualidade de vida.

Levantamento do Datafolha mostra que o futebol é o esporte mais praticado entre crianças e adolescentes brasileiros, sendo a escolha de 48% dos jovens entre 6 e 17 anos, muito à frente de outras modalidades. Além disso, pesquisa do Instituto Movimento, com mais de 2.000 pais, apontou que o futebol é a atividade extracurricular mais procurada, respondendo por 38% das matrículas em atividades esportivas infantis no país.

Léo Pereira, do Flamengo por Divulgação/CAP e Reprodução/Instagram

Ao passo que a tecnologia evolui, o futebol exige que seus atletas acompanhem esse ritmo. Clubes como Corinthians, Santos, São Paulo, Internacional e Sport têm consolidado parcerias ao longo dos anos que ultrapassam o âmbito profissional, investindo em programas de formação, ações sociais e iniciativas que integrem o público às suas estruturas.

O Sport, por exemplo, uniu-se ao Time Forte, maior gestora de escolas de esportes do Brasil, com a promessa de abrir até 80 novas unidades e um aumento progressivo de alunos, a fim de tornar o projeto, em até cinco anos, o maior do norte e nordeste do Brasil. “Mais que formar jogadores, o projeto busca transformar vidas, fazendo com que cada aluno vista a camisa do Leão com orgulho, dentro e fora do campo”, destaca o clube.

A Time Forte também possui parceria com o Internacional, onde visa fortalecer o projeto de base através de um papel estratégico. Luiz Caldas Milano Junior, diretor geral das categorias de base do Inter, vê o trabalho em conjunto como um compromisso do Inter de ampliar o acesso de jovens ao esporte.

"Sabemos que a base tem um papel fundamental na estrutura dos clubes brasileiros, englobando vários aspectos da gestão, como responsabilidade social, finanças, desempenho esportivo e até mesmo a parte de branding. Nossa parceria com a Time Forte é uma forma de ampliar o acesso de jovens ao esporte, oferecendo estrutura, acompanhamento e oportunidades de desenvolvimento, além de levar a marca da instituição de forma positiva para os quatro cantos do país", enfatiza.

1º - Cristiano Ronaldo (US$ 1,4 bilhão) por Al-Nassr/Divulgação

A iniciativa prevê também que 10% das vagas sejam reservadas a crianças e adolescentes de baixa renda. Dados da Unesco indicam que programas esportivos voltados para populações vulneráveis aumentam em até 28% o engajamento escolar e reduzem em 14% os índices de evasão, reforçando a importância de políticas inclusivas no esporte.

Já entre as mulheres, o momento também é de crescimento acelerado da modalidade. Segundo a FIFA, o futebol feminino registrou aumento de 24% no número de atletas federadas no Brasil nos últimos três anos. Camila Estefano, gerente do Projeto Estrelas, iniciativa que visa dar oportunidade de desenvolvimento para meninas que desejam se tornar jogadoras de futebol, reforça essa relevância.

"A renovação no futebol é essencial para sua própria continuidade e evolução. O nível do esporte depende de uma base sólida, com investimento e oportunidade em jovens talentos. No Estrelas, oferecemos todo o suporte para o crescimento das atletas, como alimentação, suporte psicológico, orientações educacionais e outras atividades para o desenvolvimento das jogadoras fora das quatro linhas. Estas ações terão reflexo nas atuações esportivas e são essenciais para o futuro das meninas", diz.

Seguindo essa tendência, de acordo com levantamento da plataforma de serviços GetNinjas, houve um aumento de 40% na procura por escolinhas de futebol nos últimos anos. O que fez os clubes olharem com atenção para esse setor. O Santos, por exemplo, dentro do processo de estruturação e profissionalização das categorias de base, passou a incluir as escolas licenciadas, Meninos da Vila Santos Academy, nos processos oficiais do Clube. Através da plataforma BeatsCode, o Alvinegro Praiano tem agora registros de todas as avaliações realizadas, bem como do processo de seleção dos meninos observados.

No Nordeste, o Fortaleza comemorou a marca de 32 escolas inauguradas no Brasil, dentro de um planejamento ambicioso. “Os alunos têm todo o suporte para estudar lá. É gratificante ver o projeto tomando corpo. Nossa meta é chegar a 100 escolas até o fim do contrato, que ainda tem quatro anos, e esperamos atingir essa marca antes.”, afirma Renan Menezes, gerente de licenciamento do Fortaleza.

Hoje, o projeto do Leão do Pici conta com cerca de 3.300 alunos, e já revelou 10 atletas atualmente integrados às categorias de base. Caso emblemático é o de Davi Dobri, Sub-13, que veio de uma unidade do Amazonas, disputou a Eurocup na Holanda, foi campeão e se tornou uma das grandes promessas do clube.

No interior paulista, o Botafogo-SP deu um passo importante em inclusão com o projeto “Celeiro de Campeões”, oferecendo aulas gratuitas para crianças da região de Ribeirão Preto. A iniciativa começou nas cidades de Altinópolis e Jardinópolis e já atende cerca de 300 jovens entre 7 e 15 anos, unindo esporte, educação e oportunidade.

Além do impacto social, o projeto funciona como plataforma de captação de talentos. “A gente vê esse projeto muito pelo lado social, com o intuito que esses jovens tenham atividades esportivas e se aprimorem no futebol. Estamos dando também mais um passo na formação de jogadores para que o Botafogo seja novamente um celeiro de craques”, explica André Leite, executivo de futebol do Botafogo-SP.