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Alan Pinheiro
Publicado em 21 de abril de 2025 às 15:00
A parada no meio da temporada para a disputa do Super Mundial é vista com bons olhos por todas as equipes que não estarão no torneio. Até lá, uma corrida contra o tempo para lidar com um calendário inchado de partidas a cada três ou quatro dias. No Vitória, a “conta física” foi comentada pelo técnico Thiago Carpini, mas parece já ter chegado na equipe rubro-negra, que ainda possui dois jogos a disputar antes de voltar a ter uma semana livre para descansar e treinar. >
Contra o Fluminense, o Leão chegou ao 29º jogo na temporada. Na temporada passada, os rubro-negros chegavam ao dia 21 de abril com 23 jogos completos. Em abril, já foram seis jogos disputados pelos comandados de Thiago Carpini, que ainda terão o Cerro Largo, do Uruguai, nesta quarta-feira (23) e o Grêmio no próximo domingo (27). Vale destacar que, neste período, o Vitória precisou fazer três viagens, com destinos ao Rio de Janeiro, à Belo Horizonte e à Florencio Varela, na Argentina.>
“Minha preocupação é grande pela sequência, muito dura e difícil que vem pela frente. Vamos discutir o planejamento internamente, a conta física vai chegar. Vamos completar a 30ª partida da temporada, e exigir esse comportamento em todos os jogos é impossível”, disse o treinador do Vitória.>
A rotina do deslocamento se junta a uma preparação com poucos dias para recuperação física dos atletas e resulta em lesões e queda de rendimento dos jogadores, o que pôde ser visto no confronto contra os cariocas, válido pela 5ª rodada do Campeonato Brasileiro. Além das constantes desacelerações de jogadas dos pontas e da falta de pressão na saída de bola do adversário, característica presente no time de Carpini, o time rubro-negro precisou lidar com seis ausências na relação por questões físicas.>
Com exceção de Renato Kayzer, que já chegou ao clube em processo de recuperação de uma lesão sofrida ainda no Fortaleza, e do goleiro Gabriel, poupado pelo pouco tempo de recuperação depois de se machucar, os outros quatro desfalques sentiram na última semana. Wellington Rato, Willian Oliveira, Pepê e Carlinhos ficaram de fora do confronto. Ainda não há previsão de quando os jogadores estarão disponíveis novamente.>
As dificuldades de lidar com o calendário brasileiro foram criticadas por Carpini, principalmente pela logística, que não permite um tempo de recuperação adequado aos atletas. O treinador rubro-negro disse que, dado o contexto, não é possível exigir um alto desempenho dos atletas em todos os jogos. No entanto, o Vitória vai continuar entrando em campo utilizando o que tem de melhor disponível.>
“Não tem mais preparação física, só tem descanso e jogo. Viagem, descansa e joga. Viagem, descansa e joga. Não tem mais tempo para treinar, e minha preocupação é justamente essa. Uma hora a conta vai chegar. Agora a gente volta para Salvador, chega na madrugada, uma noite de sono prejudicada. Isso não é muleta, é a dificuldade de todas as equipes com calendário cheio como o nosso”, deu o recado após o empate contra o Fluminense.>
Figura importante dentro do elenco rubro-negro, o meia Matheuzinho já comentou sobre o desgaste na temporada. O jogador, inclusive, foi desfalque em 15 partidas no ano por lesão. “A gente não tem tempo para treinar, poucos dias. Então queria enaltecer a toda a equipe do Vitória, que tem fretado voos para a gente, para a gente poder descansar”, afirmou o meia-atacante.>
Com a possibilidade real de entrar em campo com um time alternativo, o Vitória volta a campo nesta quarta-feira (23), quando enfrenta o Cerro Largo, do Uruguai, no Barradão. O confronto, válido pela 3ª rodada do grupo B da Copa Sul-Americana, tem início marcado para às 21h30.>