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Pedro Carreiro
Publicado em 14 de agosto de 2025 às 18:41
Horas depois do Bahia acertar a contratação do jovem Kauê Furquim, atacante de apenas 16 anos, o Corinthians divulgou uma nota oficial criticando duramente a conduta do Bahia. A diretoria alvinegra classificou a ação como “ilícita e imoral” e anunciou que recorrerá à CBF e à Fifa em busca de medidas cabíveis. No comunicado, o clube ainda acusou o Bahia de atuar como intermediário de negócios no Brasil em favor do Grupo City. >
Considerado uma das principais promessas da base corintiana, Kauê fazia parte do elenco sub-17, mas já treinava ocasionalmente com os profissionais no CT Joaquim Grava. Sob comando do técnico Dorival Júnior, chegou a ser relacionado e ficou no banco de reservas nas partidas contra Ceará e Fortaleza, pelo Brasileirão.>
O atacante havia assinado seu primeiro contrato profissional em abril deste ano. No documento, o Corinthians estabeleceu multa rescisória de 50 milhões de euros (cerca de R$ 331 milhões, à época) para transferências ao exterior. No entanto, pela legislação brasileira, a cláusula para negociações nacionais deve ser fixada em até duas mil vezes o valor do salário do jogador.>
Foi justamente essa regra que, segundo o Timão, permitiu ao Bahia pagar a multa de R$ 14 milhões e levar o jovem sem abrir negociação. A diretoria corintiana alega que o clube baiano se aproveitou dessa “brecha” para investir em Kauê com o objetivo de valorizá-lo e negociá-lo futuramente no mercado europeu.>
"O Sport Club Corinthians Paulista, ao longo de sua centenária história, tem como um de seus valores o respeito para com as instituições de relevância esportiva e cultural, sejam elas do Brasil ou do exterior. >
Repudiamos, veementemente, o aliciamento ilícito e imoral do jogador Kauê Furquim, formado nas categorias de base do Corinthians, em trama envolvendo o City Football Group e o Esporte Clube Bahia.>
Em nenhum momento o Corinthians foi comunicado sobre o interesse na negociação do jogador. Estudaremos os caminhos jurídicos necessários e possíveis para punir os responsáveis e apelaremos à CBF e à FIFA para que a justiça seja feita.>
A estratégia retoma mais um ato daquela antiga e nefasta prática da subtração de talentos, ainda muito jovens, do futebol nacional, levando-os a preço vil para mercados externos, reduzindo o Bahia a um mero intermediador de negócios.>
Reforçamos, mais uma vez, nosso repúdio aos envolvidos rompendo por completa qualquer relação institucional com o Esporte Clube Bahia e o City Football Group".>