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Alan Pinheiro
Publicado em 31 de outubro de 2025 às 05:00
 
Historicamente, Bahia e Vitória sempre recorreram às suas divisões de base para ajudar o clube principal nos momentos decisivos. No entanto, o número de jogadores que sobem ao profissional e ganham espaço efetivo nas partidas segue sem regularidade entre os times baianos. Em relação à última edição do Campeonato Brasileiro, o Esquadrão aumentou o número de atletas da base na Série A, enquanto o Leão tem apostado cada vez menos nos seus jovens talentos. >
Dentro do elenco de cada um dos times da dupla Ba-Vi, há exemplos de jogadores que iniciaram suas trajetórias nas categorias de base dos clubes e, com o tempo, se consolidaram como peças fundamentais no elenco profissional. No Tricolor, o exemplo a ser seguido é o zagueiro Gabriel Xavier, que chegou a Salvador para integrar o time sub-20 em 2020. Desde 2022, quando passou a ser utilizado com frequência pela equipe principal, são quatro temporadas no time “de cima” do Bahia.>
A Toca do Leão, por outro lado, conta com Lucas Arcanjo, um dos ídolos da torcida rubro-negra no atual elenco. Titular do clube desde 2021, o goleiro chegou com 17 anos ao Vitória, após se destacar contra o Leão com a camisa do Galícia. A consolidação do atleta rendeu ao jogador o posto de segundo goleiro com mais jogos com a camisa rubro-negra, com 227 aparições.>
Trinta rodadas já foram disputadas na atual edição do Campeonato Brasileiro. Se dentro de campo o Ba-Vi da Série A terminou com um triunfo para cada lado, a disputa na utilização da base é vencida pelos tricolores. >
Apesar de cumprirem o papel de exemplo para os jovens que desejam se consolidar nos clubes baianos, Gabriel Xavier e Lucas Arcanjo não entram na conta. Ambos já acumulam mais de três temporadas como profissionais e ultrapassaram a idade olímpica - ou seja, têm mais de 23 anos e já se consolidaram como jogadores experientes no elenco principal.>
Em 2025, foram cinco atletas usados pelo técnico Rogério Ceni no Brasileirão. Ao todo, os Pivetes de Aço somaram 804 minutos com a camisa azul, vermelha e branca. O destaque fica por conta do atacante Tiago, com 17 partidas disputadas. Além do camisa 77, Fredi Lippert, Ruan Pablo, Zé Guilherme e Kauê Furquim também entraram em campo na Série A. Mesmo sendo contratações da temporada, a inclusão dos últimos dois nomes acontece pelas participações dos atletas em competições de base.>
O cenário é o oposto do Vitória, que apenas tem dois jogadores da base com minutagem na primeira divisão. Com exceção de Thiago Carpini, cada um dos outros três técnicos deu oportunidades para um atleta jovem. Fábio Carille usou o volante Wendell por 67 minutos contra o Flamengo, enquanto Rodrigo Chagas e Jair Ventura colocaram o lateral Paulo Roberto nos jogos diante de Atlético-MG e Corinthians. Ao todo, o defensor somou 97 minutos pelo Leão.>
Em comparação com o Campeonato Brasileiro de 2024, a política de utilização das “pratas da casa” se inverteu. No ano passado, o Vitória usou quatro atletas durante a campanha na primeira divisão. Juntos, José Breno, Fábio Soares, Fábio Soares e Lawan ficaram 197 minutos em campo, contra 164 na atual temporada. O Bahia, por sua vez, usou apenas dois jogadores. Ruan Pablo ficou cinco minutos em campo contra o Atlético-GO, enquanto Tiago somou 57 minutos em quatro jogos.>
 
 
 
