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Gilberto Barbosa
Publicado em 18 de setembro de 2025 às 17:09
Após a venda da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) para o City Football Group (CFG), o torcedor do Bahia viu o clube quebrar tabus históricos, como o retorno à Copa Libertadores após 36 anos. Uma das figuras centrais nas negociações foi o ex-presidente Guilherme Bellintani, que exaltou o papel de Cadu Santoro, atual diretor de futebol do tricolor, nas conversas com grupo árabe. A declaração ocorreu durante entrevista ao podcast Bar FC. >
“O clube deve muito a ele, não só pela gestão que ele faz, mas por todo o começo do processo da SAF. Cadu foi o primeiro cara que eu conversei e ele me falou que o grupo tinha um plano diferente para o Brasil e que lutaria pelo Bahia por achar que era o melhor projeto. Ele comprou a nossa briga e eu falava coisas na negociação que ele seria capaz de validar, ou então não teríamos validação”, afirmou. >
Cadu Santoro
Ainda segundo Bellintani, um dos diferenciais do projeto do Esquadrão apresentado durante as negociações, seria o uso de atletas da base em competições como o Campeonato Baiano ou a Copa do Nordeste. Ele cita a última edição do torneio regional, encerrada no último dia 06, e que contou com 19 atletas formados no CT Evaristo de Macedo. >
“Se o CFG tivesse comprado um clube médio ou grande de São Paulo, ele não conseguiria testar esses jogadores. A primeira pergunta que Ferran Soriano fez para mim foi o porquê não comprar um time do eixo Sul-Sudeste, para comprar um do Nordeste. Eu respondi que a nossa região tem problemas, mas tem oportunidades que você não encontra lá”, disse. >
Guilherme Bellintani
“Uma dessas é poder testar esses meninos da base, que não teriam espaços em outras equipes. O Bahia ainda não tem um elenco grande o suficiente para usar o time titular em todas as competições. Isso permite esse arejamento com atletas da base, que também vira oportunidade de negócio para o clube. Cadu viu isso e por isso que ele defendeu o nosso projeto”, completou. >
Apesar de ser a figura mais lembrada no processo, Bellintani fez questão de creditar o sucesso da negociação ao grupo que o acompanhou nas conversas com o CFG. “Eu simbolizo essa conquista, mas carrego a liderança de um projeto que foi coletivo. Se não fosse o apoio e a confiança dessas pessoas, eu teria largado de mão muito antes. Apesar de parecer algo simples, foram essas coisas que sustentaram o ser humano”, finalizou. >