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Alan Pinheiro
Publicado em 8 de maio de 2025 às 06:30
A classificação do Bahia para a próxima fase da Copa Libertadores ficou para outro dia. Nesta quarta-feira (7), o Esquadrão perdeu de virada para o Nacional, do Uruguai, por 3x1 e deu fim à sequência de cinco jogos com triunfos. O Esquadrão abriu o placar com Jean Lucas, mas levou a virada com gols de Morales, Nico López e Milán. Em entrevista coletiva, o técnico Rogério Ceni lamentou o resultado e a postura da equipe em campo.>
"Acho que a gente ficou muito exposto. Tivemos dois contra-ataques, um que Pulga erra o passe e bate nas costas de Willian José. Nós nos perdemos por oito ou dez minutos. Faltou energia para voltar e se reposicionar, fomos com muita gente para o ataque, não precisava disso. Arriscamos demais no momento errado. A gente tentou aumentar a velocidade do jogo quando estava ganhando. Aí pagamos o preço pelo risco que corremos", deu o recado.>
Com mais chances de abrir o placar, o primeiro tempo do confronto terminou zerado. Apesar da baixa eficiência nas finalizações, o Bahia esteve mais próximo de chegar ao gol. Logo na volta do intervalo, Jean Lucas abriu o placar. Dez minutos depois, o lateral Morales aproveitou a bola parada para deixar tudo igual. Mais eficiente na partida, o Nacional chegou à virada com Nico López após contra-ataque. No final, MIlán ampliou a vantagem uruguaia.>
Os gols em decorrência da transição ofensiva foram citados pelo comandante tricolor, que destacou as chances perdidas pelo Esquadrão. "Fizemos um bom primeiro tempo, não cedemos contra-ataques ao Nacional. Tivemos a bola, tivemos paciência. Infelizmente o que mais fez mal a gente foi o gol, mudamos nossa postura em campo. Parecia que estava 1x0 para eles. Começamos a ceder escanteios, contra-ataques, isso não é normal, não é o padrão do nosso time entrar nesse jogo de transição", disse.>
"Faltou um pouco de calma, erramos passes e puxadas de contra-ataques. A parte mais estranha é que sofremos com as transições depois que fizemos 1x0. Deveríamos ter mais calma e trabalhar melhor a bola. A derrota te ronda na Libertadores, onde você está sempre jogando contra grandes times", complementou.>
O Tricolor volta a campo no próximo sábado, contra o Flamengo, pela 8ª rodada do Campeonato Brasileiro. A partida acontece às 21h, no Maracanã. O próximo jogo do Esquadrão pela Copa Libertadores será na próxima quarta (14), contra o Atlético Nacional, no Estádio Atanasio Girardot, em Medellín, na Colômbia. >
O que faltou>
"Não faltou experiência, faltou cadenciar o jogo. Nossos jogadores fizeram outros jogos importantes. Nós saímos do nosso estilo de jogo. Mas não foi por falta de experiência. A gente saiu do jogo depois do gol, talvez por achar que seria fácil fazer o segundo. Perdemos o foco e sofremos o gol de empate, aí fomos desesperados para buscar outro gol. Infelizmente cedemos essas oportunidades para eles".>
Psicológico>
"A nossa sequência já vem dura há muito tempo, não é agora que vai ficar dura. Talvez pela derrota o impacto agora seja maior. Vamos precisar se reerguer, ficou mais difícil porque são jogos fora de casa na Libertadores e com jogos pesados pelo Brasileiro. Vamos colocar a cabeça no lugar, precisamos pensar o que fazer contra o Flamengo, contar com a recuperação mental e física do time, os jogadores vão se desgastando".>
Torcida e jogar fora de casa>
"O torcedor foi exemplar, incentivou do começo ao fim. Poderia vaiar depois do jogo, mas apoiou, fez sua parte. Uma pena hoje a gente não entregar uma noite feliz como já fizemos outras vezes. Fora de casa vai ser difícil, são jogos pesados contra equipes fortes. Vamos lutar contra Flamengo e Atlético Nacional antes de voltar para casa".>
Bons desempenhos fora de casa>
"Eu me apego nos jogadores, no trabalho deles diário. Hoje o jogo saiu do script. Nós temos que lutar, ficou mais difícil. Hoje a gente não conseguiu chegar nos dez pontos e trouxe o Nacional novamente para a competição, deixou o grupo embolado. Mas nada impede que a gente consiga bons resultados fora de casa".>
Posse de bola e questão física>
"Eu acho que se a gente tiver a bola, dá para jogar. Se começar a ir para a transição fica pior. Mas mesmo assim, se a gente estivesse bem postado, teríamos evitado os contra-ataques. Foi a empolgação do gol. Depois nos assustamos com o gol sofrido, ficamos cada vez mais expostos. Poderíamos ter jogado o jogo e baixado a linha para chamar o Nacional, mas fomos mais para o ataque e oferecemos o campo. Erramos na construção e eles foram certeiros nos contra-ataques".>
Libertadores>
"A meta é tentar classificar o Bahia para a próxima fase. Esse resultado sai do planejamento que a gente tinha. Acho que a reta final vai ser bastante sofrida, mas vamos tentar melhorar".>