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Pedro Carreiro
Publicado em 7 de dezembro de 2025 às 20:49
Com a conquista do Baianão e da Copa do Nordeste, a inédita volta à Libertadores desde 1989 e uma pontuação recorde na era dos pontos corridos, era natural imaginar que o torcedor tricolor encerraria 2025 plenamente satisfeito. No entanto, a derrota por 2 a 0 para o Fluminense na última rodada da Série A — somada à perda da vaga direta na Libertadores de 2026 — deixou a sensação de que o Bahia poderia ter ido mais longe na temporada. >
Confira imagens de Fluminense x Bahia
Dependendo apenas das próprias forças, o time precisava vencer o Fluminense para alcançar o objetivo, mas novamente esbarrou no mau desempenho como visitante e encerrou o Brasileirão na 7ª colocação, garantindo apenas a vaga na Pré-Libertadores. Apesar do revés, o técnico Rogério Ceni evitou apontar culpados e elogiou a atuação da equipe até o momento decisivo do jogo.>
“Sabíamos que lutávamos muito por isso. Hoje fizemos um jogo equilibrado, sem grandes oportunidades para nenhum dos lados. Tivemos algumas chances no primeiro tempo, assim como eles. Até o momento do gol, quando erramos um passe e praticamente entregamos o lance, a partida estava parelha e melhor jogada do que aquela da Copa do Brasil, em que saímos derrotados. Não vou colocar a culpa em um setor ou outro. Como time, não alcançamos o objetivo traçado”, lamentou o comandante do Esquadrão.>
“Chegar à Pré-Libertadores não é o ideal, mas é algo relevante, considerando um campeonato tão difícil e competitivo, em que muitos clubes grandes brigam contra o rebaixamento”, acrescentou.>
Relembre todos os jogos do Bahia no Brasileirão
Embora valorize a vaga na fase preliminar da competição continental, Ceni não escondeu a frustração por não ter alcançado o acesso direto. Para ele, a derrota para o Fluminense não foi a principal responsável pela situação, e sim os deslizes acumulados ao longo da campanha.>
“Outras oportunidades ao longo do campeonato, alguns escorregões em casa e nossa campanha abaixo fora de casa foram mais determinantes. Mesmo classificando no ano passado em oitavo, o sentimento agora é diferente, porque a expectativa era conquistar a vaga direta, algo que não acontece desde os anos 80. É frustrante ter chegado tão perto da quinta vaga, mas o Brasileirão é muito nivelado”, destacou Ceni.>
De olho em 2026, o treinador já tem clareza sobre o que o Bahia precisa para evoluir e seguir mirando voos mais altos. Além de corrigir o desempenho longe de Salvador — grande problema do time em 2025 — Ceni enxerga como prioridade tornar a equipe mais forte física e mentalmente.>
“Precisamos de um time fisicamente mais forte — não em resistência, mas em força. Somos uma equipe técnica, porém mais fraca que grande parte dos adversários no duelo físico. Também temos de melhorar a campanha fora de casa, o que exige reforços. É natural que ocorram chegadas e saídas. Mentalmente, precisamos ser mais fortes; fraquejamos em alguns momentos da competição”, analisou o treinador.>