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Bahia lidera lista de homicídios de pessoas negras no Brasil

Dados foram divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)

  • Foto do(a) author(a) Millena Marques
  • Millena Marques

Publicado em 13 de maio de 2025 às 05:15

Ataque deixou cápsulas e manchas de sangue no chão
Ataque deixou cápsulas e manchas de sangue no chão Crédito: Ana Lúcia Albuquerque/CORREIO

A Bahia é o lugar onde ocorre o maior número de homicídios de pessoas negras no Brasil. Dos 6.616 homicídios registrados no estado em 2023, 6.088 foram de negros, o que representa 90% do número total. Os dados são do Atlas da Violência, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), nesta segunda-feira (12).

“A Bahia é um exemplo do mais alto grau do massacre racial promovido por um conjunto de mecanismos chamado de guerras drogas, mas que não é uma guerra contra substâncias, sempre foi uma guerra contra pessoas e essa guerra contra pessoas tem a ver com a distribuição desigual de cidadania, de possibilidades de vida e que é baseado na desumanização”, diz Dudu Ribeiro, integrante da Rede de Observatórios da Segurança na Bahia e cofudador e diretor-executivo da Iniciativa Negra.

Em 2023, uma pessoa negra tinha 2,7 vezes mais chances de ser vítima de homicídio do que uma pessoa não negra – aumento de 15,6% em relação a 2013, segundo o Atlas da Violência. Ou seja, apesar dos avanços na diminuição geral dos homicídios, a desigualdade racial associada à violência letal não apenas persiste, como se intensifica.

Diversos fatores influenciam nos índices negativos da Bahia, divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A reorganização das organizações criminosas ligadas ao tráfico de drogas e de armas nos últimos dez anos, impulsionada por uma migração intensa de forças estrangeiras e de outros estados do Brasil, é um deles. Quem diz isso é Dudu Ribeiro, integrante da Rede de Observatórios da Segurança na Bahia e cofudador e diretor-executivo da Iniciativa Negra. “Essas organizações reorganizam os conflitos locais e intensificam as disputas por um longo período até a sua acomodação, nós ainda não passamos por ela”, diz.