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Conflito na Boa Morte: presidente denuncia ex-administradora ao Ministério Público

Joselita Alves Sampaio oficializou denúncia contra Celina Sala

  • Foto do(a) author(a) Millena Marques
  • Millena Marques

Publicado em 20 de agosto de 2025 às 14:24

Festa da Boa Morte, em Cachoeira
Festa da Boa Morte, em Cachoeira Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

O conflito envolvendo a Irmandade da Boa Morte, confraria afrocatólica e secular que é responsável pela Festa de Nossa Senhora da Boa Morte em Cachoeira, ganhou mais um capítulo. Isso porque a atual presidente da entidade, Joselita Alves Sampaio, denunciou a ex-administradora Celina Sala ao Ministério Público da Bahia (MP-BA). A denúncia foi oficializada no último dia 12, três dias antes da noviça Uiara Lopes passar mal após tentativa de retirá-la da igreja por medida protetiva.

No documento encaminhado ao órgão público, ao qual o CORREIO teve acesso, Joselita diz que tem enfrentado dificuldades para exercer o cargo desde a sua eleição, em 2022. “Esta eleição marcou a retomada da administração democrática da entidade, que havia sido dirigida de forma ilegal por quase 30 anos por um grupo de irmãs dissidentes, lideradas pela sra. Celina Sala, que não faz mais parte do grupo de irmãs”, diz trecho.

Joselita foi eleita para o cargo durante assembleia que acontece a cada quatro anos desde o final da década de 80, quando a sede da irmandade estava em construção. A função, aliás, só foi criada para que houvesse uma pessoa responsável por assuntos jurídicos e administrativos, como o recebimento de apoios financeiros para a organização da festa.

No ano passado, às vésperas da festa, Joselita foi vítima de uma tentativa de destituição do atual cargo através de ação iniciada por Celina Sala. Do outro lado, estavam a própria Celina e pelo menos dez das 17 irmãs da confraria que acusam Joselita de não ter prestado contas ao Governo do Estado pelo apoio recebido para a realização da última edição da festa.

Mesmo com essa disputa, os festejos de 2024 aconteceram. À época, Joselita afirmou que as eleições internas e democráticas que ocorreram em 2022 não foram respeitadas por outra ala, que ingressou com uma ação judicial no ano seguinte para anular a ata da eleição e a posse da mesa diretora.

Com a nova diretoria, a recepção de recursos para a realização da Festa de Nossa Senhora da Boa Morte passou a ser feita em conta jurídica da irmandade, com todas as contas prestadas publicamente nos anos de 2023 e 2024, segundo a denúncia. “Desde então, tenho enfrentado grandes dificuldades para exercer a função para a qual fui eleita, sendo contestante obstruída por esse grupo dissidente”, diz Joselita.

Trechos da denúncia por Reprodução

Segundo a ex-presidente, como a destituição do cargo não ocorreu, as duas noviças com maior proximidade à presidência começaram a ser atacadas: Juçara Lopes e Uiara Lopes. A Justiça, aliás, impôs medida protetiva contra a dupla após denúncias de Celina Sala. A presidente da irmandade, no entanto, alega que acusações feitas contra as noviças fazem parte de um “plano ardiloso”.

Celina é advogada e ex-administradora da entidade. Atualmente, não possui um cargo oficial, mas apoia a irmandade no setor administrativo a pedido da falecida Irmã Estelita, então juíza perpétua. O CORREIO não conseguiu o contato da advogada. O espaço segue aberto.

Festejos da Boa Morte, em Cachoeira, este ano por Divulgação Wuiga Rubini/GOVBA