Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Deputado Binho Galinha vira réu em mais um processo após Justiça aceitar denúncia

Parlamentar está preso desde o dia 3 de outubro; defesa nega acusações

  • Foto do(a) author(a) Maysa Polcri
  • Maysa Polcri

Publicado em 12 de novembro de 2025 às 18:09

Binho Galinha
Binho Galinha está preso desde o dia 3 de outubro Crédito: Reprodução

O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) aceitou uma nova denúncia apresentada pelo Ministério Público do Estado (MP-BA) contra o deputado estadual Kléber Cristian Escolano de Almeida, o Binho Galinha. O processo tem relação com a operação El Patrón, assim como as outras acusações. Ele está preso desde o dia 3 de outubro

As investigações apontam que mesmo após a primeira denúncia, o parlamentar continuou liderando uma organização criminosa com atuação na Bahia, especialmente em Feira de Santana. O MP também afirma que “laranjas” eram utilizados para a movimentação de recursos e ocultação de bens.

"Sob o comando de Binho Galinha, a organização criminosa continuou praticando crimes como jogos de azar, agiotagem, extorsão e lavagem de dinheiro. O deputado teria mantido 'em funcionamento seus negócios ilícitos, em flagrante desrespeito às medidas cautelares impostas anteriormente'", detalha o Ministério Público. 

Binho Galinha, deputado estadual por Reprodução

A nova denúncia foi aceita no dia 5 de novembro. Além de Binho Galinha, outras 12 pessoas se tornaram réus no novo processo. Entre eles estão Mayana Cerqueira da Silva, esposa do deputado, e o filho do parlamentar, João Guilherme Cerqueira da Silva Escolano. Em nota anterior, a defesa de Binho Galinha negou as acusações. 

"O parlamentar reforça que tem colaborado com as autoridades desde o início das investigações e reafirma sua confiança na Justiça, destacando que todos os fatos serão devidamente esclarecidos ao longo do processo", afirmou. 

Para a Justiça, no entanto, a denúncia "permite a plena compreensão da imputação, delimitando com precisão as condutas atribuídas a cada um dos acusados no contexto da organização criminosa e dos crimes a ela correlatos". A juíza Márcia Simões Costa também decidiu arquivar parte do inquérito policial, atendendo ao pedido do MP. 

Foram arquivadas as investigações sobre receptação qualificada, lavagem de dinheiro ligada ao pagamento de R$ 1 milhão a advogados, usurpação de função pública atribuída e extorsão supostamente praticada por Mayana Cerqueira. Também foi arquivado o trecho referente à organização criminosa e lavagem de capitais envolvendo João Guilherme Cerqueira da Silva Escolano, por já responder a processo anterior pelos mesmos crimes. Os casos podem ser reabertos caso novas provas surjam.

Investigação

Kleber Cristian Escolano de Almeida, o Binho Galinha, é acusado de comandar uma milícia com atuação em Feira de Santana, na Bahia. O parlamentar se entregou dois dias após ser alvo da operação Estado Anômico e foi conduzido para Salvador. A defesa nega que ele tenha cometido crimes e diz que o deputado colabora com as investigações.

Segundo investigações das operações 'El Patrón' e 'Estado Anômico', o grupo criminoso é responsável por delitos como lavagem de dinheiro, obstrução da justiça, jogo do bicho, agiotagem, receptação qualificada, comércio ilegal de armas, usurpação de função pública, embaraço a investigações e tráfico de drogas.

Binho Galinha e Mayana Cerqueira da Silva, que foi presa em abril de 2024 por Divulgação

No dia 10 de outubro, uma votação secreta realizada pelos deputados estaduais determinou que Binho Galinha continuasse preso. Ao todo, 34 parlamentares votaram a favor da manutenção da prisão, 18 foram pela soltura, um se absteve e dez não compareceram à votação. Apesar de manter o mandato, Binho Galinha já sofreu uma retaliação do próprio partido, o PRD. A legenda suspendeu o deputado enquanto a ação tramita na Justiça.

Mesmo preso, Binho Galinha não deve perder o mandato de deputado estadual. Isso porque ausências decorrentes de prisão preventiva não são computadas pela Assembleia, segundo o artigo 9 do mandamento da Casa, como mostrou reportagem do CORREIO.