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Moradores protestam contra a PM após enterro de jovem morta na Engomadeira: ‘Assassinos’

Luiza Silva dos Santos morreu após ação policial, no domingo (13), e foi velada nesta segunda (14)

  • Foto do(a) author(a) Yan Inácio
  • Yan Inácio

Publicado em 14 de abril de 2025 às 17:53

Protestos pela morte de Luiza Silva dos Santos de Jesus, na Engomadeira
Protestos pela morte de Luiza Silva dos Santos de Jesus, na Engomadeira Crédito: Marina Silva/CORREIO

Vizinhos e familiares de Luiza Silva dos Santos de Jesus, jovem de 19 anos morta durante ação policial na Engomadeira, saíram em protesto, na tarde desta segunda-feira (14), logo após o enterro da jovem, no Cemitério da Ordem Terceira de São Francisco, na Quinta dos Lázaros.

A passeata saiu da Estrada das Barreiras, na altura do Atacadão, e seguiu em direção à entrada do bairro onde Luíza foi morta. Os manifestantes caminharam por volta de 200 metros em protesto contra a violência policial na comunidade

Protestos pela morte de Luiza Silva dos Santos de Jesus, na Engomadeira
Protestos pela morte de Luiza Silva dos Santos de Jesus, na Engomadeira Crédito: Marina Silva/CORREIO

Familiares e amigos acusam a Polícia Militar (PM) de ser responsável pela morte da estudante. Luíza voltava da casa de uma amiga, quando foi atingida por dois disparos na barriga. Policiais militares faziam uma abordagem no momento dos tiros. “Era uma menina de respeito e filha única, toda vez é isso, eles só chegam atirando”, desabafou uma vizinha que estava no protesto e não quis se identificar.

"Seu comandante, o que aconteceu nessa operação que matou a menina, comandante? Você não vai falar? Aqui é a comunidade que está conversando com o senhor. O que aconteceu que mataram a menina? Inocente, 19 anos. Será que foi troca de tiro? Foi um policial despreparado? O que aconteceu?", bradou um manifestante enquanto discutia com policiais no ato.

Protestos pela morte de Luiza Silva dos Santos de Jesus, na Engomadeira
Pai de Luiza Silva dos Santos de Jesus Crédito: Marina Silva/CORREIO

Com os ânimos acirrados por conta da perda, os moradores bateram boca com policiais que estavam escoltando a ação. Aos gritos de “Queremos Justiça”, ”Assassinos” e “Despreparados”, eles se concentraram na entrada do bairro, onde alguns homens encapuzados incendiaram pneus e entulhos e impossibilitaram a entrada na comunidade.

O clima de hostilidade chegou ao ápice quando foram disparadas balas de borracha na direção dos moradores, que revidaram com que parecem ser bombas, em vídeos que circulam nas redes sociais.

Protestos pela morte de Luiza Silva dos Santos de Jesus, na Engomadeira
Protestos pela morte de Luiza Silva dos Santos de Jesus, na Engomadeira Crédito: Marina Silva/CORREIO

Uma moradora que estava presente no conflito disse que se abrigou em um supermercado próximo ao local. “Eu estou aqui no Atacadão, o povo está passando mal com o gás de pimenta, e eles estão jogando bomba dentro da Engomadeira toda, daqui eu estou vendo explosão”, relatou ao CORREIO. Ela também acrescenta que os policiais começaram a agir depois que parte da imprensa saiu do local.

Protestos pela morte de Luiza Silva dos Santos de Jesus, na Engomadeira
Protestos pela morte de Luiza Silva dos Santos de Jesus, na Engomadeira Crédito: Marina Silva/CORREIO

Em nota enviada na manhã desta terça-feira (15), a PM afirmou que revidou agressões de manifestantes. "Após tentativas de negociação com as pessoas presentes e a partir do lançamento de rojões, pedras, garrafas e diversos objetos, incluindo granadas, os militares iniciaram os procedimentos para a dispersão dos indivíduos e a liberação da via, que foi feito após a progressão da tropa até o final de linha do bairro", diz a nota.

Ainda de acordo com a corporação, a via foi liberada e o Corpo de Bombeiros atuou adentrou no bairro para apagar diversos focos de incêndio. Não há registro de feridos e o policiamento deve ser intensificado na região por tempo indeterminado.

Protestos pela morte de Luiza Silva dos Santos de Jesus, na Engomadeira
Protestos pela morte de Luiza Silva dos Santos de Jesus, na Engomadeira Crédito: Marina Silva/CORREIO

*Com orientação da subeditora Monique Lôbo.