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Millena Marques
Publicado em 13 de novembro de 2025 às 08:44
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (13) a operação Worms 2 para desarticular uma associação criminosa especializada em fraudes bancárias, furto qualificado, estelionato majorado e lavagem de dinheiro. A organização utilizava contas de “laranjas” para movimentar valores ilícitos oriundos de furtos e fraudes contra a Caixa Econômica Federal e outras instituições financeiras. >
Estão sendo cumpridos 24 mandados de busca e apreensão, 23 medidas cautelares diversas da prisão e um mandado de prisão preventiva, todos expedidos pela Justiça Federal. A ação integra a Força-Tarefa Tentáculos, que tem como um dos pilares a cooperação com instituições bancárias e financeiras para o combate às fraudes eletrônicas. >
Operação Worms 2
A operação ocorre em Salvador e Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, com a participação de 52 policiais federais. A investigação, iniciada a partir das operações Worm e Não Seja Um Laranja, ambas de 2022, revelou que o grupo criminoso evoluiu para um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro, utilizando instituições de pagamento, plataformas de apostas online e criptoativos para dissimular a origem ilícita dos valores. >
Relatórios de inteligência financeira apontaram movimentações superiores a R$ 6,9 milhões, entre 2023 e 2024, com projeção de R$ 20,9 milhões no período de cinco anos. Há indícios de que parte desses recursos tenha origem no tráfico de drogas, o que reforça a conexão com outras atividades ilícitas. >
Além dos mandados, foi determinado o bloqueio judicial de contas bancárias e ativos financeiros dos investigados, visando descapitalizar a organização criminosa. Os crimes apurados incluem associação criminosa, furto qualificado, estelionato majorado e lavagem de dinheiro, cujas penas máximas somadas podem ultrapassar 30 anos de prisão. >