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Apresentadora de jornal se emociona ao entrevistar esposa de gerente de pousada morto em acidente de lancha

Viúva cobrou as imagens das câmeras de segurança que podem esclarecer se embarcação viajava com a luz apagada

  • Foto do(a) author(a) Monique Lobo
  • Monique Lobo

Publicado em 15 de abril de 2025 às 15:46

Uma das embarcações chegou a afundar com a colisão Crédito: Reprodução

A esposa de Gustavo Veloso, o gerente de pousada que morreu no acidente entre duas lanchas em Morro de São Paulo, no último dia 8, cobrou as imagens das câmeras de segurança que podem provar, segundo ela, que a lancha "Lipe e Lara", que colidiu com a lancha "Safira", onde o marido estava, viajava com a luz apagada.

"Soube que o marinheiro da outra lancha se apresentou dois dias depois [do acidente], com advogados. Tem muitas informações chegando, não oficiais", disse Maritana Neta, em entrevista ao Balanço Geral da TV Record.

Em seguida, ela revelou a denúncia que recebeu. "Chegou pra mim, primeiro, que ele estava bebendo, depois chegou essa informação de que as luzes estavam apagadas. E vítimas vieram pra mim, pessoas idoneas, e disseram que as luzes estavam apagadas", contou.

Para esclarecer esse fato, as imagens das câmeras de segurança dos portos por onde as embacações passaram são cruciais. "Eu quero as imagens dos três portos. Poque quando eu estava no IML [Instituto Médico Legal], um funcionário da Astram me abordou dizendo que estavam ali para qualquer coisa, um ali comigo, outro com as lanchas, e outro já estava vendo as imagens pra entender o que estava acontecendo", relembrou a mulher.

Neta, como é conhecida, cobrou os registros das câmeras: "Eu quero as imagens da lancha 'Lipe e Lara', já que eu não tenho o teste de alcoolemia do outro marinheiro. Eu quero as imagens e as imagens verdadeiras. Eu sei que a Astram conseguiu essas imagens e eu quero".

Por fim, apelou ao governador Jerônimo Rodrigues para que ajude com o avanço das investigações. "Eu preciso da sua ajuda, olhe por mim. Eu quero transparência, investigação, Eu quero ética. Chegou para mim que teria outra vitima fatal, tem gente que tá brincando com isso. Isso não é facil, não é bonito e eu quero Justiça. Eu quero que as pessoas tenham segurança a embarcar a desembarcar", concluiu.

Além de Gustavo, que morreu e deixou a esposa e duas filhas, outras 14 pessoas ficaram feridas com a colisão. Três delas foram internadas após o acidente na Santa Casa de Valença e no Hospital Geral do Estado.

Emoção

Durante o relato da esposa da vítima, a apresentadora do Balanço Geral, Jéssica Smetak se emocionou ao cobrar celeridade das autoridades envolvidas na investigação. Com os olhos cheios de lágrimas, Jéssica falou sobre a dor de Maritana. "Eu estou tremendo aqui porque eu me coloco em seu lugar. Se eu perdesse meu marido, eu ficaria sem chão. Se eu perdesse por causa de uma irregularidade, eu estaria atrás de Justiça, correndo atrás de um por um". 

A Polícia Civil foi procurada e informou que iria entrar em contato com a unidade policial, mas ainda não retornou. A Agência de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba) também foi contatada para falar sobre o caso, mas não respondeu.

Também procurada, a Capitania dos Portos informou que foi instaurado um inquérito "sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN) para apurar as causas e circunstâncias do acidente ocorrido na noite de segunda-feira (7), envolvendo as embarcações "SAFIRA" e "LIPE E LARA", nas proximidades da Gamboa do Morro, no arquipélago de Cairu-BA".

Ainda de acordo com o órgão, o prazo para a conclusão do IAFN é de 90 dias, "que podem ser prorrogados caso seja julgado necessário. Concluído o inquérito e cumpridas as formalidades legais, o mesmo será encaminhado ao Tribunal Marítimo".