TESTEMUNHA DE DEFESA

'Tinha ele como referência', diz policial sobre PM acusado de matar menino Joel

O capitão Josair Santiago Pereira da Silva disse que o ex-policial militar nunca se apresentou como uma pessoa impulsiva

  • Foto do(a) author(a) Raquel Brito
  • Raquel Brito

Publicado em 6 de maio de 2024 às 19:25

Fórum Ruy Barbosa
Fórum Ruy Barbosa Crédito: Reprodução/Google Street View

Entre as testemunhas de defesa ouvidas no primeiro dia de júri do caso da morte do menino Joel, o capitão Josair Santiago Pereira da Silva disse que ficou sabendo sobre os fatos pela imprensa, mas Eraldo falou com ele também. Os dois se conhecem desde dezembro de 2004, quando Josair se apresentou na 13°.

“Basicamente que ele estava numa diligência e aconteceu o fato”, disse a testemunha de defesa no Fórum Ruy Barbosa, em Salvador.

Josair descreve o comportamento profissional de Eraldo como exemplar. Ele disse que o ex-policial militar nunca se apresentou como uma pessoa impulsiva. “Eu, como policial recém-formado, tinha nele e em outros referências de postura”, revelou.

Sobre a postura dos policiais na ocasião da morte de Joel, o capitão disse que sair do local da operação de costas, como foi feito, não é o procedimento técnico. “Se eu for prestar socorro é porque a pessoa está viva. Em corpo, não tem como prestar socorro”, disse, ao ser questionado pela promotora se é uma obrigação da polícia prestar socorro e levar a vítima ao hospital.

São julgados pela morte do menino o ex-policial militar Eraldo Menezes de Souza e do tenente PM Alexinaldo Santana Souza. Foi da arma de Eraldo que partiu o tiro que matou o menino. Já o tenente foi denunciado pela Ministério Público porque estava no comando da operação.