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‘Vamos encontrá-lo vivo’: pai mantém fé após sequestro de mineiro atribuído ao CV

Família diz que facção fez publicações na rede social do rapaz

  • Foto do(a) author(a) Bruno Wendel
  • Bruno Wendel

Publicado em 13 de outubro de 2025 às 05:00

Pai mantém fé após sequestro de ambulante mineiro em Itaparica
Pai mantém fé após sequestro de ambulante mineiro em Itaparica Crédito: Reprodução

A família Gondim não dorme desde a última quarta-feira (08), quando deixou de ter notícias do vendedor ambulante Daniel Araújo, de 25 anos. Mineiro, o rapaz foi visto pela última vez na Ilha de Itaparica, Região Metropolitana de Salvador (RMS). Criminosos entraram em contato com os pais dele e exigiram R$ 3 mil. Eles seriam do Comando Vermelho (CV). Apesar de o resgate ter sido pago, Daniel não deu notícias. O pai disse ao CORREIO que mesmo assim, tem a esperança de abraçar o filho.

“Vivemos os piores momentos de nossas vidas. Mas em nome de Jesus, vamos encontrar ele vivo”, declara o motorista Erlei Godim, por telefone, direto de sua cidade, Itapecirica, em Minas Gerais. Gabriel é o filho único dele com Raquel Godim. A reportagem tentou falar com a mãe, mas, no momento, ela estava sem condições emocionais para tratar do assunto. “Hoje (domingo), a cidade vai fazer uma corrente de oração pelo meu filho. Temos fé de que tudo vai dar certo”, pontua o pai.

Durante a entrevista, Erlei disse que o que mais chamou a atenção dele e da esposa foi o fato de uma publicação ter sido realizada no perfil de Daniel no Instagram. A mensagem foi publicada nos stories e dizia o seguinte: “Não sou trabalhador mais não, sou bandido Comando Vermelho agora CV (sic)”. O texto, que ao lado havia alguns ícones, incluindo o emoji de bandeira vermelha e o de dois com uma mão, sugeria que o rapaz teria integrado à organização criminosa. O pai rebate.

Pai mantém fé após sequestro de ambulante mineiro em Itaparica por Reprodução

“Ele não tem participação em nada, não. Nunca se envolveu com nada disso. A gente já passou isso para a polícia. Foram eles mesmos (criminosos) que fizeram a publicação”, declara Erlei.

Daniel chegou há 20 dias na Ilha de Itaparica e, desde então, vem trabalhando com venda de lençóis, produtos para casa e utensílios domésticos. Na quarta, ele teria saído de um restaurante, em Barra do Pote, por volta das 06h30 e não mais foi visto. “Essa informação não temos”, comenta o pai.

Ele relata que, após o sumiço, moradores viram o carro do filho, um Fiat uno, circulando pela ilha à noite. Porém, ninguém soube dizer quem dirigia o veículo.

Resgate

Erlei contou que recebeu uma ligação do filho pedindo mil reais, que estava sendo ameaçado de morte por criminosos. A transferência foi realizada. Logo depois, Daniel ligou novamente, desta vez, porque os bandidos exigiam mais R$ 2 mil. Diante das ameaças, os pais recorreram a uma tia do rapaz, que conseguiu a quantia.

Apesar das transações bancárias, os criminosos não ligaram mais. “Eles pegaram o celular dele, estão usando as redes sociais dele”, diz o pai.

Por enquanto, a família não pensa em vir à Bahia. “A gente está esperando alguém dar notícia para ver o que pode fazer”, finaliza.

Investigação

Em nota, a Polícia Civil informou que a Delegacia Especializada Anti-Sequestro (DAS) investiga a denúncia como um caso de extorsão. A PC não disse que não informará mais detalhes para não intervir no trabalho da Polícia Judiciária.

Qualquer informação sobre o paradeiro de Daniel deve ser passada através do telefone 181.