Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Carol Neves
Publicado em 11 de abril de 2025 às 07:44
A China anunciou nesta sexta-feira (11) um aumento nas tarifas de importação sobre produtos dos Estados Unidos, elevando-as de 84% para 125%. A decisão foi comunicada pelo Ministério das Finanças chinês, conforme reportado pela agência Reuters. >
A medida é uma resposta direta às recentes ações do governo americano, que na quinta-feira (10) confirmou a aplicação de tarifas totais de 145% sobre produtos chineses. Em comunicado, o Ministério das Finanças da China criticou as medidas dos EUA, afirmando que "a imposição pelos EUA de tarifas anormalmente altas à China viola gravemente as regras do comércio internacional e econômico, as leis econômicas básicas e o bom senso, sendo um ato completamente unilateral de intimidação e coerção". >
Além do aumento tarifário, a China também apresentou uma nova queixa contra os EUA na Organização Mundial do Comércio (OMC). Em nota, a missão chinesa na OMC declarou: "Em 10 de abril, os EUA emitiram uma ordem executiva anunciando um novo aumento das chamadas 'tarifas recíprocas' sobre produtos chineses. A China apresentou uma queixa à OMC contra as mais recentes medidas tarifárias dos EUA". >
Guerra comercial>
O conflito entre as duas maiores economias do mundo se intensificou na última semana, quando os EUA anunciaram tarifas adicionais sobre mais de 180 países, incluindo a China, com taxas que variavam entre 10% e 50%. Inicialmente, os produtos chineses foram taxados em 34%, somando-se aos 20% já vigentes, totalizando 54%. >
A China reagiu impondo tarifas extras de 34% sobre importações americanas. Os EUA, então, deram um ultimato: se a China não retirasse as taxas até terça-feira (8), as tarifas sobre seus produtos subiriam para 104%. Como Pequim manteve sua posição, Washington cumpriu a ameaça. >
Na quarta-feira (9), a China elevou suas tarifas sobre os EUA para 84%, acompanhando a escalada americana. No mesmo dia, Trump anunciou uma "pausa" nas tarifas gerais, reduzindo-as para 10% por 90 dias — exceto para a China, que teve suas taxas aumentadas para 125%. Somadas às tarifas anteriores, o total chegou a 145%. >
Agora, a China respondeu com o mesmo percentual, elevando suas tarifas para 125%. O impasse comercial segue sem sinais de trégua, com ambos os lados afirmando disposição a continuar as retaliações.>