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Entenda de onde vem a tradição da fumaça usada para anunciar escolha do novo papa

Expectativa é que conclave para escolher sucessor do Papa Francisco comece por volta de 6 de maio

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 21 de abril de 2025 às 14:08

Fumaça preta indica que ainda não há escolha
Fumaça preta indica que ainda não há escolha Crédito: Reprodução

A fumaça que sobe da chaminé da Capela Sistina é, talvez, o símbolo mais emblemático de um dos momentos mais solenes da Igreja Católica: a eleição de um novo Papa. Vista por milhões de fiéis ao redor do mundo, ela traduz em cor o que se passa nas votações secretas do conclave, transformando o céu do Vaticano em porta-voz de decisões históricas. Com a morte do Papa Francisco, nesta segunda (21), o período de escolha se aproxima novamente. 

O conclave é a reunião de cardeais que, isolados do mundo externo, escolhem o próximo líder da Igreja. Durante esse processo, as cédulas de votação são queimadas após cada rodada de votos. A fumaça resultante — preta ou branca — comunica o resultado da sessão de forma visual e imediata.

A fumaça preta indica que nenhum dos cardeais recebeu os dois terços necessários para ser eleito Papa. Ela simboliza impasse, expectativa e a continuidade das deliberações. É, ao mesmo tempo, um sinal de frustração e suspense para os fiéis que aguardam na Praça de São Pedro e em todo o mundo.

Já a fumaça branca marca o fim da espera. Quando emerge da chaminé, indica que o novo Papa foi escolhido. Esse momento é celebrado com emoção e alívio: aplausos tomam a praça, sinos ressoam, e a atenção do planeta se volta para o balcão da Basílica de São Pedro, onde será anunciada a identidade do novo pontífice.

A prática começou no conclave de 1903, quando, pela primeira vez, a queima das cédulas passou a ser usada para informar o resultado das votações. A fumaça preta indica que nenhum candidato alcançou a maioria necessária, enquanto a fumaça branca sinaliza que um novo Papa foi escolhido. Para garantir as cores, aditivos químicos são misturados à queima das cédulas: no conclave de 2013, por exemplo, o Vaticano revelou que utiliza compostos como perclorato de potássio com antraceno e enxofre para a fumaça preta, e clorato de potássio com lactose e colofônia para a branca. Hoje, a chaminé da Capela Sistina é equipada com aquecimento elétrico e ventiladores para garantir que o mundo veja com clareza o anúncio feito pelo céu.

A última vez que esse ritual ocorreu foi em 2013, quando a fumaça branca anunciou ao mundo a eleição do Papa Francisco. Desde então, a Capela Sistina permanece em silêncio. Mas agora, com a expectativa pela escolha de seu sucessor, os olhos voltam-se novamente para aquele pedaço do céu romano em busca do próximo sinal. O conclave deve começar no mínimo 15 dias depois da morte do papa - a expectativa, portanto, é que o processo de escolha comece por volta do dia 6 de maio. 

Participam do conclave apenas cardeais com menos de 80 anos, que se reúnem na Capela Sistina em sigilo absoluto. Para que um novo Papa seja eleito, é necessário obter dois terços dos votos — atualmente, 77 de 115. O conclave, tradição iniciada no século 13, surgiu para formalizar o processo de escolha e evitar interferências externas, como de políticos ou nobres. O próprio termo "conclave" vem do latim cum clave (“com chave”), em referência ao isolamento dos cardeais durante a eleição.

Processo

Para garantir as cores, aditivos químicos são misturados à queima das cédulas: no conclave de 2013, por exemplo, o Vaticano revelou que utiliza compostos como perclorato de potássio com antraceno e enxofre para a fumaça preta, e clorato de potássio com lactose e colofônia para a branca.

Hoje, a chaminé da Capela Sistina é equipada com aquecimento elétrico e ventiladores para garantir que o mundo veja com clareza o anúncio feito pelo céu.