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Escritora matou mãe de melhor amiga e escondeu crime por 40 anos; conheça a história

O assassinato foi revelado em um filme estrelado por Kate Winslet

  • Foto do(a) author(a) Monique Lobo
  • Monique Lobo

Publicado em 26 de setembro de 2025 às 01:00

Anne Perry escreveu mais de 120 romances e contos de mistério e vendeu mais de 26 milhões de cópias
Anne Perry escreveu mais de 120 romances e contos de mistério e vendeu mais de 26 milhões de cópias Crédito: Peter Jolly/Shutterstock

Uma das maiores escritoras de histórias policiais do mundo, a inglesa Anne Perry escreveu mais de 120 romances e contos de mistério e vendeu mais de 26 milhões de cópias. A carreira bem sucedida na literatura escondia, no entanto, um passado que caberia muito bem nas páginas de um dos seus livros.

Aos 15 anos, e ainda sob o nome de batismo Juliet Hulme, Perry cometeu um assassinato junto com uma amiga, no ano de 1954, na Nova Zelândia. A vítima foi a mãe da amiga, que foi morta com mais de 20 tijoladas pelas duas adolescentes.

Anne, ainda como Juliet Hulme, ao lado da amiga Pauline Parker por Green And Hahn/Christchurch

Toda essa história estava escondida até que um cineasta neozelandês transformou ela em filme, em 1994. O diretor Peter Jackson retratou o crime no filme "Almas Gêmeas", ou "Heavenly Creatures" em inglês, que foi estrelado por ninguém menos que Kate Winslet no papel de Perry. O filme foi indicado ao Oscar, em 1995, na categoria Melhor Roteiro Original.

A partir daí, o passado da escritora se tornou público, mesmo contra a sua vontade. "Parece tão injusto. Tudo que eu trabalhei pra conquistar como um membro decente da sociedade foi ameaçado", revelou Perry em uma entrevista na época em que o filme foi lançado. "Tudo que eu consegui pensar foi que a minha vida tinha acabado", acrescentou.

Anne Perry morreu em abril de 2023, aos 84 anos.

Amizade adolescente

A família da escritora se mudou para nova Zelândia quando o pai dela foi trabalhar como reitor da Universidade de Canterbury, na cidade de Christchurch. Foi lá que Perry, ainda Juliete Hulme, conheceu Pauline Parker, um ano mais velha.

Alguns anos depois da ida para Nova Zelândia, os pais de Perry decidiram se separar e, por conta disso, resolveram mandar a filha para viver na África do Sul com outros familiares. As jovens, no entanto, não tinham a intenção de se separar e queriam ir juntas para o país africano.

Só que Parker acreditava que a mãe, Honorah Rieper, de 45 anos, não iria permitir a viagem. Foi aí que as duas adolescentes decidiram que a solução seria matar Honorah.

Segundo Perry, em uma entrevista para o jornal inglês The Guardian, Pauline ameaçou se matar se ela não ajudasse no assassinato. "Eu realmente acreditei que ela pudesse tirar a própria vida, e eu não consegui encarar isso", falou.

O crime

O local escolhido para o assassinato foi um parque. As duas jovens estavam passeando acompanhada da mãe de Pauline, quando Perry deixou cair uma pedra decorativa para que Honorah se abaixasse para pegar.

Quando a mulher se abaixou, a Pauline atingiu a cabeça da mãe com um tijolo que estava em rolado em uma meia. Em seguida, Perry também ajudou com os golpes.

Após o crime, as duas adolescentes fugiram para uma casa de chá, com as roupas cobertas de sangue, e disseram que a mãe de Pauline tinha caído e batido a cabeça.

Porém, a polícia encontrou a arma do crime e as duas jovens foram presas. As duas foram sentenciadas a cinco anos de prisão em locais distintos. De acordo com o jornal The New Zealand Herald, elas nunca mais se viram.

Nova identidade

Após cumprir sua pena, a escritora mudou o nome e assumiu a identidade de Anne Perry. Ela também se mudou para a Escócia, na Europa. Foi aí que passou a publicar seus contos, a partir de 1979.

Ela viveu por anos sem que ninguém soubesse do seu passado. Até o lançamento do filme, na década de 1990. Quando um jornalista revelou que a personagem de Kate Winslet na produção era baseada na vida da escritora. "Tive que abandonar meu passado e começar a vida com minha nova identidade como Anne Perry, sabendo que até mesmo um pequeno deslize poderia desfazer tudo”, concluiu, também na entrevista para o The Guardian.

Tags:

Crime Assassinato Anne Perry Escritora Segredo