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Adolescente morto pela PM em São Marcos foi baleado após ser rendido, denunciam moradores

Caíque dos Santos Reis, de 16 anos, era estudante e barbeiro

  • Foto do(a) author(a) Wendel de Novais
  • Wendel de Novais

Publicado em 29 de setembro de 2025 às 10:57

Caíque foi morto durante ação policial
Caíque foi morto durante ação policial Crédito: Reprodução

A morte de Caíque dos Santos Reis, 16 anos, uma das pessoas baleadas em uma ação da Polícia Militar da Bahia (PM-BA) no bairro de São Marcos, em Salvador, gerou protestos e denúncias contra os agentes envolvidos no caso. De acordo com moradores ouvidos pela reportagem, Caíque, que era estudante e trabalhava como barbeiro, foi baleado depois de estar rendido e com a mão na cabeça.

Um morador, que prefere não se identificar por medo, afirma que Caíque foi baleado sem oferecer qualquer risco aos PMs. “Caíque estava ali porque era morador e estava acontecendo um campeonato na quadra. Ele não era criminoso, não estava com arma. Foi baleado simplesmente porque a polícia chegou atirando e ele é mais um inocente que levou tiro, mesmo depois de estar rendido”, afirma.

Moradores acompanharam o momento em que as vítimas são colocadas na viatura por Reprodução/Redes sociais

Outra moradora, que também pede o anonimato, afirma que os tiros aconteceram em dois momentos distintos. “Eles chegaram correndo e o menino parou [Caíque], mas eles mandaram correr e atiraram na perna dele. Depois, pegaram ele e outro homem que eu não sei quem é e levaram para o beco. Lá teve mais tiros, executaram ele sem necessidade, o menino não entrava em nada de crime”, garante a mulher.

Em um vídeo que circula nas redes sociais, é possível ver moradores revoltados com PMs enquanto eles conduziam Caíque e o outro homem para viatura, já desacordados e com os corpos cobertos. Segundo a PM, os dois estavam em um grupo que trocou tiros com os policiais e foram levados para o Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), mas não resistiram aos ferimentos. A versão é contestada pela comunidade.

A mãe de Caíque, Joselita dos Santos Cruz, afirmou que o filho não participou de nenhum tiroteio. “O menino estava andando e eles mandaram colocar as mãos para cima. Quando ele colocou, deram um tiro na perna da criança e depois levaram lá para dentro, deram um bocado de tiros e disseram que foi troca de tiros. Colocaram ele como traficante que foi encontrado com armas e drogas. Meu filho não traficava, não fazia nada disso", contou Joselita para TV Bahia.

Em seu posicionamento sobre o caso, a PM informou que, durante a ação, foram apreendidos uma pistola calibre 9 mm, um revólver e porções de maconha, cocaína e crack. O material foi encaminhado para a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pelo registro da ocorrência.