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'Ninguém deveria ser preso por fumar maconha', diz influenciadora baiana acusada de tráfico

Melissa Said prestou depoimento ao Denarc após ser presa em Itapuã nesta quinta-feira (24)

  • Foto do(a) author(a) Yan Inácio
  • Yan Inácio

Publicado em 24 de outubro de 2025 às 15:18

Influenciadora se definia como
Influenciadora se definia como "ervoafetiva" nas redes Crédito: Reprodução

Apontada como principal liderança de um esquema de tráfico interestadual com atuação em São Paulo e na Bahia, a influenciadora Melissa Said, presa nesta quinta-feira (23), em Itapuã, negou as acusações de participação nos crimes e disse que é apenas usuária de maconha.

"É uma vergonha. Ninguém no mundo deveria ser preso por fumar maconha", disse Melissa Said, ao ser conduzida por policiais ao Departamento Especializado de Investigação e Repressão ao Narcotráfico (Denarc) nesta quinta.

Com mais de 320 mil seguidores, a influenciadora publica conteúdos sobre a droga. De acordo com a Polícia Civil, a suspeita usava as redes sociais para comercializar maconha do tipo skunk e haxixe para seguidores. "A droga era vendida para um público mais seleto, das redes sociais dela. Pessoas de classe média e alta", explicou.

Melissa Said é alvo de operação por tráfico de drogas por Reprodução / Redes sociais

A operação Erva Afetiva, inspirada no termo que a influencer usava para se identificar, também cumpriu outros quatro mandados de prisão de envolvidos no esquema de tráfico de drogas na quarta-feira (22). Dois suspeitos foram presos em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS) e outros dois em São Paulo, um na capital e outro em Araçatuba, no interior paulista.

O esquema formava uma cadeia de fornecimento e distribuição entre os dois estados. "Em São Paulo existiam alguns fornecedores que encaminhavam drogas para que ela distribuísse na capital baiana e na RMS. A partir daí conseguimos identificar os fornecedores e quem estava junto com ela na distribuição", explicou o delegado do Denarc Ernandes Junior, em coletiva de imprensa na sede da Polícia Civil, em Salvador.

Segundo o delegado, a investigação começou há um ano e nove meses, após denuncia do Ministério Público. O ponto de partida das apurações foram os conteúdos sobre maconha que ela publicava nas redes sociais. Ela acumula mais de 320 mil seguidores e tem vídeos que superam 1 milhão de visualizações.

"Nas plataformas digitais, fazia apologia ao uso de entorpecentes e utilizava seu alcance para comercializar maconha, com fornecedores identificados na Bahia e em São Paulo", diz a polícia. As apurações ainda apontam que ela comprava a droga e repassava a alguns seguidores por meio de contatos em redes sociais.

Melissa é viúva do influenciador Tassio Bacelar, morto em outubro de 2023 após sofrer um acidente de bicicleta. Ele também publicava conteúdos sobre o uso da droga. De acordo com o delegado, não é possível afirmar se ele estava envolvido no esquema porque as investigações começaram após sua morte.

Melissa foi localizada em um imóvel situado no bairro de Itapuã, em Salvador, onde estava escondida na casa de uma amiga. Ela foi encaminhada para o Denarc, onde prestou depoimento acompanhada de advogado na noite desta quinta. Ela segue à disposição da Justiça e aguarda audiência de custódia.