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Yan Inácio
Publicado em 4 de novembro de 2025 às 15:48
Sueli Barbosa dos Santos, de 53 anos, morreu no último domingo (2), após 16 dias internada depois de ter mais de 50% do corpo queimado em uma explosão no terminal Pirajá, em Salvador. >
Moradora de Pirajá, Sueli era cuidadora de idosos e cuidava há pelo menos quatro anos de uma idosa acamada na casa de uma família no Imbuí. Segundo a filha dela, Beatriz Reis, a mãe tinha um grande apreço pela profissão e já trabalhou em um orfanato de crianças com necessidades especiais.>
Sueli Barbosa dos Santos, de 53 anos
"Tudo que ela fazia era com muito amor, ela tinha muito amor pela profissão dela. Ela amava cuidar de pessoas”, disse. Sueli trabalhava dia sim, dia não, e saía de casa às 4h50 da manhã para começar o expediente às 9h. Hipertensa e diabética, ela tinha o costume de comprar alimentos em bancas de ambulantes para manter os níveis de glicose estáveis.>
Era o que ela fazia no último dia 18, quando pediu uma sopa em um carrinho de ambulante no terminal Pirajá. Um princípio de incêndio aconteceu depois que a atendente tentou acender um fogareiro com álcool. Sueli teve cerca de 50% do corpo queimado após o acidente e foi levada às pressas ao Hospital Teresa de Lisieux. >
De acordo com Beatriz, a morte de Sueli chocou amigos e familiares. “Era muito querida pelos filhos, netos, mãe e irmãos. E por um exército de amigos, vários ficaram desolados. Minha mãe era querida pelo bairro todo. Crianças e vizinhos, todo mundo gostava de minha mãe por quem ela era”, contou.>
A filha agora pede que a atendente seja responsabilizada pelo acidente. "A partir do momento em que usam esse material proibido, eles assumem uma responsabilidade, precisou minha mãe ser um exemplo disso? Peço justiça por ela, mas nada vai trazer ela de volta", desabafou.>
Sueli foi sepultada na manhã desta terça-feira (4), no Cemitério Bosque da Paz, em Nova Brasília. Ela deixa três filhos e dois netos.>