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Referência da luta antirracista, Zulu Araújo lança livro sobre sua trajetória

Evento acontece na quarta-feira (3), às 18h, no Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab)

  • Foto do(a) author(a) Monique Lobo
  • Monique Lobo

Publicado em 27 de novembro de 2025 às 19:55

 Zulu Araújo
Zulu Araújo Crédito: Divulgação

Referência nacional na luta antirracista, o ex-presidente da Fundação Cultural Palmares, Zulu Araújo, lança o livro "Apenas um cidadão", na quarta-feira (3), às 18h, no Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab), no Centro Histórico de Salvador.

Além do lançamento, haverá uma sessão de autógrafos e bate-papo com o autor e o economista e reitor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Paulo Miguez, mediado pela jornalista Mirtes Santa Rosa. O evento é aberto ao público.

Livro "Apenas um cidadão", de Zulu Araújo por Divulgação

No livro, o leitor vai encontrar fragmentos de memórias guardados ao longo de mais de 60 anos de histórias. “Esse livro foi incentivado por alguns amigos que ouviam minhas histórias e viam nelas potencial para uma publicação. Nele, o leitor encontrará versões de histórias divertidas pelas quais passei, momentos familiares e os altos e baixos que todo baiano passa. Em particular no tocante à resiliência do racismo em nossa sociedade, e reflexões sobre momentos importantes da minha vida política e cultural”, destaca Zulu Araújo.

Ele começou a trabalhar aos 10 anos de idade para ajudar no sustento da família pobre. Aos 18, já fazia parte do movimento negro. Em 1973, entrou para o Partido Comunista Brasileiro (PCB). “Foi uma verdadeira escola política e de vida”, garante. Nesse período, o Brasil enfrentava uma ditadura militar.

Hoje, aos 73 anos, ele ainda vê desafios, especialmente para a população negra. “Claro que os tempos são outros e muita coisa mudou positivamente, se compararmos com o período ditatorial, mas ainda existem fortes entraves para o exercício pleno da cidadania, ainda mais se você for uma pessoa preta no Brasil. Exemplo são as abordagens policiais nos bairros pobres do nosso país, onde meter o pé na porta substitui a autorização judicial e a bala substitui o devido processo legal. Lamentavelmente, ainda se faz presente no imaginário da população que ‘branco correndo é atleta, e preto correndo é ladrão’. E aí não há cidadania que resista”, analisa.

Longa estrada

Natural de Salvador, Zulu Araújo formou em arquitetura, se tornou mestre em Cultura e Sociedade e doutor em Relações Internacionais pela Ufba. Ele também tem vasta experiência em produção e gestão cultural.

Ao longo da carreira, ocupou os cargos de diretor-geral da Fundação Pedro Calmon (entre 2015 e 2023); diretor e conselheiro do Grupo Cultural Olodum, período em que acompanhou o nascimento do Bando de Teatro Olodum; em 2003, assumiu a direção de Promoção, Intercâmbio e Divulgação de Cultura Afro-brasileira da Fundação Palmares; e, em 2007, foi indicado pelo então ministro da Cultura, Gilberto Gil, para presidir a instituição, cargo que ocupou até 2011.

No livro, Zulu narra os enfrentamentos, mas também celebra as conquistas. Nos últimos capítulos, ele destaca as homenagens que recebeu ao longo da sua trajetória. “Homenagens que me dão muito orgulho”, conta. A mais recente aconteceu no último Dia 20, Dia da Consciência Negra, quando foi homenageado, junto a outras personalidades, no Parque Memorial Quilombo dos Palmares, localizado na Serra da Barriga, em União dos Palmares, Alagoas, por ser uma das lideranças negras que moldaram a história do Brasil.

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Livro Zulu Araújo Apenas um Cidadão