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Yan Inácio
Publicado em 6 de outubro de 2025 às 15:03
Uma rua de Salvador foi citada como caso de sucesso em um guia internacional que destaca outras 86 vias seguras e centradas em pedestres em todo o mundo. O documento “Designing for Safe Speeds” destaca a Zona 30, no bairro do Bonfim, como exemplo de transformação urbana voltada à redução de velocidade e ao resgate do espaço público. >
Implementada em 2021 pela Prefeitura de Salvador, a iniciativa reduziu o limite de velocidade de 50 km/h para 30 km/h, requalificou 400 m² de espaço e criou uma nova praça equipada com bancos, mobiliário urbano e elementos de lazer. O guia foi publicado pela Global Designing Cities Initiative (GDCI) com apoio da Iniciativa Bloomberg para Segurança Viária Global (BIGRS) no último dia 1º de outubro, em Bogotá, capital da Colômbia.>
Com a menção, Salvador se junta ao grupo de cidades globais com ações de mobilidade e segurança viária reconhecidas como referência internacional, ao lado de metrópoles como Nova York, Paris, Bogotá e Milão. Segundo a Transalvador, o número de pedestres circulando na pista de veículos caiu 89% e 91% dos motoristas passaram a respeitar o limite de velocidade de 30 km/h.>
Zona 30, no Bonfim
“Esse reconhecimento mostra que Salvador está alinhada com as melhores práticas de mobilidade do mundo. Ao reduzir a velocidade, não apenas salvamos vidas, mas também devolvemos à população um espaço de convivência mais humano e inclusivo. Esse é o caminho que queremos seguir: transformar a cidade para as pessoas, com foco na segurança e na qualidade de vida”, afirma o superintendente da Transalvador, Diego Brito.>
Para a diretora executiva da GDCI, Skye Duncan, o desenho urbano é determinante para salvar vidas. “A forma como desenhamos nossas ruas desempenha um papel fundamental na velocidade com que os veículos circulam, em quem pode acessar as vias de forma segura, em como as pessoas se deslocam e, em última instância, influencia em quem vive e quem morre. Os desenhos, estratégias e ferramentas apresentados neste guia estabelecem as bases para repensarmos radicalmente nosso enfoque sobre as velocidades seguras, ao mesmo tempo em que apoiam ruas mais habitáveis, agradáveis e sustentáveis em todo o mundo”, aponta.>