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Wendel de Novais
Publicado em 24 de novembro de 2025 às 08:12
As farmácias de Salvador e Lauro de Freitas, na Região Metropolitana (RMS), passaram por 24 horas de tensão entre as manhãs de sábado (22) e domingo (23). De acordo com a Polícia Civil (PC), as ações na capital foram registradas em três locais diferentes: Corredor da Vitória, Costa Azul e Horto Florestal. Em Lauro, os registros aconteceram em duas farmácias diferentes da mesma via: a Avenida Santos Dumont. >
As primeiras ações foram registradas na cidade da RMS no sábado, quando em poucos minutos duas farmácias foram alvo da ação de criminosos. De acordo com uma das ocorrências, dois homens, um deles armado, renderam funcionários e clientes. Na ação, eles recolheram as canetas de uma geladeira e dinheiro do caixa. Em seguida, outra farmácia foi alvo de furto, mas um suspeito só conseguiu levar fraldas do local. >
Roubos de canetas injetáveis acendem alerta em Salvador
Já em Salvador, na manhã de domingo, a primeira ação foi registrada na Rua Waldemar Falcão, no Horto Florestal, ocorrido na manhã deste domingo. Segundo o registro, dois homens chegaram ao estabelecimento em uma motocicleta e, mediante ameaça com arma de fogo, renderam os funcionários. A dupla subtraiu 13 caixas de canetas emagrecedoras, além de uma quantia do caixa. Informações de policiais consultados indicam que o prejuízo para o estabelecimento chegou a R$ 60 mil >
Na sequência, ainda durante a manhã, duas mulheres, de 30 e 36 anos, foram presas em flagrante pelo crime de furto qualificado. As duas, no entanto, agiram com outras três pessoas, que conseguiram fugir. Até o momento, ninguém foi preso além das duas suspeitas e diligências são realizadas para realizar as outras prisões. Na mesma manhã, de acordo com informações iniciais, canetas emagrecedoras foram levadas de uma farmácia no Costa Azul durante o roubo, mas a polícia não confirmou o caso. >
Rotina >
Uma fonte policial consultada pela reportagem explicou a incidência de casos em bairros considerados nobres de Salvador. “Essas farmácias, em áreas onde pessoas de maior poder aquisitivo residem, têm um quantitativo relevante de Ozempic e Mounjaro que são o principal alvo dos roubos por ter valor alto e serem vendidos em um mercado paralelo que gera lucro”, fala o policial, que pede anonimato. >
O CORREIO já mostrou em reportagem que esse tipo de crime tem se tornado mais frequente, devido ao alto valor de mercado e à grande procura pelos medicamentos, muitas vezes utilizados sem prescrição médica e para fins estéticos. >
O cenário se consolida diante da inserção de facções nos assaltos. Tanto é que, em 2025, um grupo virou alvo de operação por roubar 23 farmácias em bairros diferentes no primeiro semestre. >