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Pombo Correio
Publicado em 10 de junho de 2025 às 12:45
Professores de Salvador chegam a receber salários próximos a R$ 40 mil. A tabela de vencimentos, cujos valores também estão disponíveis no Portal da Transparência da Prefeitura, revela que alguns salários ultrapassam a faixa dos R$ 30 mil, somando vencimentos básicos, gratificações, vantagens pessoais e outros benefícios legais. A categoria está em greve há mais de um mês exigindo o pagamento do piso nacional e um plano de carreira.>
Entre os nomes identificados na folha salarial está uma das principais líderes do movimento grevista, Denise Souza, que recebe mensalmente mais de R$ 20 mil líquidos. A professora é esposa do deputado estadual Hilton Coelho (PSOL) e uma das principais mobilizadoras da paralisação da categoria. De acordo com a tabela, ela tem proventos de R$ 23.101,15. Outra liderança da paralisação, a dirigente da APLB-Sindicato, Elza Souza Melo, recebe R$18.622,50. >
Os dados, concedidos por meio de solicitação formal feita com base na Lei nº 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação) ao Informe Baiano, demonstram que, além dos salários, em determinados casos, os professores municipais também receberam reajuste neste ano que superou a inflação acumulada nos últimos 12 meses.>
No dia 22 de maio, a Câmara Municipal de Salvador aprovou o reajuste de 4,83% dos servidores públicos durante sessão marcada por tumulto e invasão provocados por sindicalistas. O texto ainda garante um aumento que varia de 6,27% a 9,25% para os profissionais da educação, o que assegura o pagamento de vencimentos acima do piso nacional do magistério, cujo valor é de R$ 4.867,77.>
A Justiça da Bahia reiterou a ilegalidade da greve dos servidores da educação municipal de Salvador e decidiu endurecer as medidas contra a APLB-Sindicato após o descumprimento de decisão que determinava a suspensão do movimento paredista. A determinação, assinada pelo juiz Adriano Augusto Gomes Borges, relator da Seção Cível de Direito Público do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), majorou a multa diária imposta ao sindicato para R$ 100 mil e autorizou o bloqueio de repasses de contribuições sindicais.>
Na decisão, o juiz destacou que a conduta da APLB revela “uma deliberada escolha de desobediência e de afronta à autoridade da decisão judicial”, o que justificou o aumento da penalidade. Ele também autorizou a retenção dos repasses de contribuições sindicais de forma proporcional aos dias de greve considerados ilegais. >