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De pulso ou de braço? O que saber antes de comprar um medidor de pressão

Cardiologista explica por que o acompanhamento em casa é essencial e quais aparelhos são mais seguros para uso doméstico.

  • Foto do(a) author(a) Yan Inácio
  • Yan Inácio

Publicado em 20 de outubro de 2025 às 06:00

O cuidado com a alimentação também é decisivo no controle da pressão alta (Imagem: Victor Mulero | Shutterstock)
O cuidado com a alimentação também é decisivo no controle da pressão alta Crédito: Imagem: Victor Mulero | Shutterstock

A hipertensão arterial é uma das doenças crônicas mais comuns no Brasil e, muitas vezes, passa despercebida. Justamente por isso, é conhecida como a “assassina silenciosa”. Medir a pressão em casa é uma prática que pode fazer diferença na prevenção de complicações graves como infarto, derrame e insuficiência renal.

“As pessoas que têm pressão alta não sabem e não sentem que têm a doença. Não existe uma relação clara entre a doença e sintomas. Algumas vezes pode acontecer, mas essa relação não é clara e ela não é linear”, explica o cardiologista Marcos Barojas, do Hospital Mater Dei Salvador e diretor de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC-BA).

O hábito de acompanhar os níveis de pressão fora do consultório ajuda a identificar variações que, em muitas situações, passam despercebidas nas consultas de rotina. Por isso, em alguns casos, é importante ter sempre por perto um medidor de pressão. Descubra o que você deve saber antes de adquirir um.

Idosos precisam medir pressão arterial por Shutterstock

O que observar antes de comprar o medidor?

A primeira dica é verificar se o equipamento tem certificação da Sociedade de Cardiologia do país de origem. “Há muitos aparelhos no mercado com preço acessível, mas de qualidade duvidosa”, alerta.

O cardiologista recomenda marcas validadas e com histórico de publicações científicas, além de preferir modelos de braço, não de pulso. “Os de pulso apresentam maior variação e tendem a errar mais”, afirma.

Outros pontos importantes incluem:

Braçadeira adequada ao tamanho do braço;

Visor claro e de fácil leitura;

Preferência por modelos recarregáveis, que evitam gasto com pilhas;

Manual que indique que o aparelho faz autocalibração;

Estrutura robusta, já que o uso frequente exige durabilidade.

Durante a medição, o paciente deve estar sentado, relaxado, com o braço apoiado, sem ter ingerido café ou fumado nas últimas horas. “Não adianta medir com o zap aberto ou o Instagram ligado”, brinca o médico. “É preciso estar tranquilo e em repouso, com a bexiga vazia e as pernas descruzadas.”

Quais tipos são mais confiáveis para uso doméstico?

“Os aparelhos automáticos são os mais recomendados, porque já têm uma qualidade muito elevada e dispensam o uso de estetoscópio”, destaca Barojas. Os modelos de braço automático, devidamente validados por órgãos de cardiologia, são os mais indicados.

Ele alerta que o método da medição é tão importante quanto o tipo de aparelho. “Postura, repouso prévio e técnica correta são fundamentais. Caso contrário, o valor obtido pode não refletir a realidade e levar a decisões erradas sobre o tratamento.”

Em quais casos o cardiologista recomenda ter um aparelho em casa?

O uso de medidores domésticos é indicado em situações específicas. “Recomendamos quando há suspeita de pressão alta, especialmente quando o paciente pode ter o chamado ‘efeito do jaleco branco’, ou seja, a pressão sobe no consultório mas é normal em casa — ou o contrário, quando ela está normal no consultório e elevada no ambiente doméstico”, explica Barojas.

Ele acrescenta que o aparelho também é útil para pessoas em ajuste de tratamento, com grande variação de valores de pressão ou com hipertensão resistente. “Além disso, o registro ajuda o médico a correlacionar sintomas como dor de cabeça, mal-estar ou tontura aos níveis de pressão, promovendo um autoconhecimento maior sobre a doença.”

Por que medir a pressão em casa é tão importante?

De acordo com o especialista, a medição regular é uma forma eficaz de prevenir complicações graves. “A hipertensão é uma doença de fácil diagnóstico, mas de controle difícil. Por isso, o monitoramento domiciliar empodera o paciente e melhora o manejo clínico”, diz.