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Homem que matou jovem trans com ‘mata-leão’ procurava mulheres na internet; saiba quem é

Sérgio Henrique Lima dos Santos mantinha uma relação com a vítima

  • Foto do(a) author(a) Wendel de Novais
  • Wendel de Novais

Publicado em 10 de dezembro de 2025 às 07:53

Sérgio costumava abordar mulheres na internet
Sérgio costumava abordar mulheres na internet Crédito: Reprodução

O homem que matou a jovem trans Rhianna, 18 anos, com um mata-leão e confessou o crime em Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia, foi identificado como Sérgio Henrique Lima dos Santos, 19. Assim como a vítima, o autor do crime é de Barreiras, mas costumava abordar mulheres pelas redes sociais, depois de encontrá-las em sites de garotas de programa. Ele tentava marcar encontros discretos e, às vezes, fora da cidade.

A reportagem conversou com uma das acompanhantes que atuam nessas plataformas e que era colega de Rhianna. Ela chegou a ser contatada por Sérgio Henrique. “Ele também mandou mensagem para mim, mas a gente não chegou a sair. Foi pela plataforma em que eu estou, mas não sei se ele está lá como cliente”, conta a fonte, que pede para não ser identificada, mas confirma que o autor do crime se encontrava com Rhianna havia algum tempo.

Sérgio costumava abordar mulheres na internet por Reprodução

Na conversa com a reportagem, a acompanhante, que também é uma jovem trans, compartilhou uma das mensagens que recebeu de Sérgio Henrique: “Tá em Barreiras? Tinha te visto em um site”, escreveu ele, tentando uma aproximação. As conversas, no entanto, nunca evoluíram para um encontro. Sobre a relação do homem com Rhianna, a fonte afirma não saber se Sérgio já havia demonstrado comportamento agressivo anteriormente.

Depois de matar Rhianna, o jovem, que atua como motorista de aplicativo, se apresentou na delegacia de Luís Eduardo Magalhães, confessou que aplicou o golpe de estrangulamento após uma discussão e afirmou ter agido em legítima defesa. À polícia, disse acreditar que a vítima teria feito um movimento para pegar algo na bolsa. Ele relatou ainda ter tentado reanimá-la depois que ela perdeu a consciência, mas ela não resistiu.

Após prestar depoimento, o suspeito foi liberado e vai responder ao processo em liberdade. A liberação se tornou alvo de críticas da deputada Érika Hilton. “Estou denunciando, ao Ministério Público Estadual, o assassino e o delegado. [...] É inconcebível que um delegado não faça a prisão em flagrante de um assassino que levou um corpo até a delegacia porque ele foi 'bonzinho', confessou o crime e jurou de dedinho que vai se comportar”, escreveu nas redes sociais.

Irmã de Rhianna desabafou nas redes sociais por Reprodução

Drycka Santana, irmã de Rhianna, fez um desabafo sobre o crime e cobrou que os responsáveis sejam punidos. “Eu sempre repetia a mesma frase: ‘Sai fora dessas amizades, elas vão te derrubar’, e realmente derrubou. Depois de quase um mês daquela briga, chega alguém e simplesmente te mata. Que todos os culpados paguem, porque eu tenho a certeza de que não foi só um”, afirmou.

Apesar da revolta com a liberação, segundo o advogado Jonata Wiliam da Silva, mestre em Direito e professor de Direito Penal da Ufba, a legislação brasileira prevê que a confissão ou o comparecimento voluntário não obrigam a polícia a manter o suspeito preso.

“O comparecimento espontâneo e a confissão não garantem que a pessoa acusada responda ao processo em liberdade. Entretanto, conforme as normas do processo penal, as prisões temporária ou preventiva não podem servir como antecipação de pena; por isso são chamadas de prisões cautelares”, explicou.

O caso segue sob investigação da Polícia Civil, que apura as circunstâncias do crime e possíveis envolvimentos de outras pessoas.

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