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Justiça baiana determina que influenciadora 'ervoafetiva' continue presa

Melissa Said, que diz ser apenas usuária, é investigada por apologia a drogas e associação ao tráfico

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 25 de outubro de 2025 às 12:00

Influenciadora se definia como
Influenciadora se definia como "ervoafetiva" nas redes Crédito: Reprodução

A influenciadora Melissa Said vai continuar presa por mais 30 dias, segundo determinou a Justiça baiana em audiência de custódia neste sábado (25). A decisão foi tomada após avaliação do caso pelo Judiciário, em Salvador.

A prisão temporária é uma medida cautelar prevista na lei brasileira que tem duração limitada, geralmente de até 30 dias, e serve para garantir que o investigado não atrapalhe as investigações, fugindo, destruindo provas ou influenciando testemunhas. No caso de Melissa, o período máximo foi determinado para que a Polícia Civil continue as apurações sobre os crimes de apologia ao uso de drogas e associação ao tráfico.

Melissa Said é alvo de operação por tráfico de drogas por Reprodução / Redes sociais

Melissa foi alvo da operação “Erva Afetiva”, que aconteceu na última quarta-feira (22), cumprindo dez mandados de busca e apreensão e cinco de prisão na Bahia e em São Paulo. Segundo a Polícia Civil, a influenciadora é investigada por apologia ao uso de entorpecentes e associação ao tráfico de drogas, crimes que podem resultar, respectivamente, em detenção de três a seis meses ou multa, e prisão de três a dez anos.

A operação identificou que Melissa utilizava suas redes sociais para promover o consumo de maconha, orientar os seguidores a despistar a policia enquanto transportavam drogas em viagens e para articular a distribuição da droga entre seguidores, com fornecedores na Bahia e em São Paulo. “No Natal, ela distribuiu diversas petecas de maconha, e entendemos que estava fazendo propaganda para a comercialização do entorpecente”, declarou o delegado Ernandes Júnior, diretor do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc).

A influenciadora foi localizada na quinta-feira (23) na casa de uma amiga, no bairro de Itapuã, após ter ficado foragida. Durante sua prisão, Melissa afirmou que não trafica drogas e defendeu que “ninguém no mundo deveria ser preso por fumar maconha”. Ela afirma ser usuária da droga e diz ter autorização da Anvisa para fazer uso medicinal da planta por conta de uma depressão desenvolvida após a morte do companheiro, Tassio Bacelar.

Bacelar, que também era conhecido nas redes sociais por fazer humor e defender o uso da maconha, morreu em 2023 após cair da bicicleta. 

Em entrevista à TV Bahia, a mãe de Melissa, Fabíola Menezes, disse que a jovem está sendo injustiçada. "Ela não é o que as pessoas estão falando, Melissa não é traficante, é uma menina jovem, imatura, que age de maneira às vezes impensada. Ela levanta uma bandeira que ainda é vista de maneira marginalizada por muitos e faz isso corajosamente, mas não passa disso. Ela não é traficante", garantiu. "Ela não tem necessidade de passar por isso, não é justo o que estão fazendo com ela, a gente quer que a verdade apareça. Ela está aí para ajudar. Foi feita busca na minha casa, na de minha mãe, não foi encontrado nada com ela". 

A defesa de Melissa também nega que ela comercializa as drogas. O vídeo em que a polícia diz que ela estava distribuindo cigarros de maconha no Natal na verdade seriam marmitas com cigarros de fumo, sem droga. 

Melissa segue presa em uma delegacia no bairro de Brotas.