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Elaine Sanoli
Publicado em 16 de outubro de 2025 às 21:43
Uma enfermeira, suspeita de envolvimento na morte da jovem Marilha Menezes Antunes, de 28 anos, foi indiciada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. Marilha morreu em setembro deste ano, após sofrer uma parada cardíaca durante uma cirurgia estética.>
De acordo com informações do portal G1, a mulher ainda não foi localizada e é considerada foragida, após a expedição de um mandado de prisão pela 1ª Vara Criminal da Justiça do Rio.>
Marilha Menezes Antunes morre durante uma cirurgia estética
No dia 1º de outubro, a suspeita prestou depoimento na Delegacia do Consumidor (Decon). Na época, ela foi indiciada por homicídio e exercício ilegal da medicina. Ela já possui histórico de denúncias por lesão corporal grave envolvendo procedimentos estéticos.>
“Segundo várias pacientes que vieram aqui depor, ela realiza o anestésico da cirurgia. Isso é privativo do médico-cirurgião. Então, a gente tem convicção de que ela errou, e, com certeza, isso contribuiu para a morte da Marilha naquela cirurgia”, afirmou o delegado responsável pelas investigações do caso, Wellington Vieira.>
O delegado explicou que os suspeitos, a enfermeira e o médico, atuam como uma 'rede clandestina'. Eles estariam induzindo os clientes ao erro ao ofertar uma cirurgia estética segura, mas não realizam qualquer exame prévio antes do procedimento. O médico foi preso no dia 15 de setembro, por homicídio e falsidade ideológica.>
Marilha morreu durante a realização de um procedimento estético para enxerto nos glúteos, no Hospital Amacor. O médico responsável pelo procedimento contou à polícia que a jovem teve uma broncoaspiração e uma parada cardíaca em seguida, e que isso teria ocasionado sua morte. >
Os laudos necroscópicos, no entanto, revelaram que Marilha teve sete perfurações, sendo uma delas no rim com registro de hemorragia interna, o que, de fato, ocasionou sua morte.>
Em nota oficial veiculada nas redes sociais, a Amacor Serviços Médicos, empresa responsável pela clínica, lamentou a morte de Marilha e comunicou que o "espaço é disponibilizado para uso de médicos autônomos, que são integralmente responsáveis pelos procedimentos realizados em seus pacientes".>