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Morre mulher que comeu 'falsa couve' no almoço

Episódio aconteceu Patrocínio, no Alto Paranaíba, em Minas Gerais

  • Foto do(a) author(a) Millena Marques
  • Millena Marques

Publicado em 14 de outubro de 2025 às 08:54

Quatro pessoas são internadas em estado grave após comerem falsa couve em almoço
Quatro pessoas são internadas em estado grave após comerem falsa couve em almoço Crédito: Reprodução

A mulher que comeu Nicotiana glauca, planta tóxica conhecida como "falsa couve", morreu na segunda-feira (13). Claviana Nunes da Silva, de 37 anos, estava internada em Patrocínio, no Alto Paranaíba, desde 8 de outubro, por causa de uma lesão grave no cérebro. As informações são do g1 Minas. 

A Polícia Civil de Minas Gerais instaurou um inquérito para apurar o caso de intoxicação ocorrido em Patrocínio, onde quatro pessoas da mesma família foram hospitalizadas após ingerirem uma planta que seria uma "falsa couve". A principal linha de investigação é o envenenamento acidental, com a hipótese de que a planta tenha sido confundida com couve comum durante o preparo de um almoço. Dos três vivos, dois receberam alta e um continua internado.

A Nicotiana glauca, popularmente chamada de "falsa couve", "charuteira" ou "fumo bravo", é uma planta da família Solanaceae, originária da América do Sul e amplamente encontrada em áreas rurais e beiras de estrada. Ela contém anabazina, um alcaloide que pode provocar paralisia muscular e respiratória, levando à morte em casos graves.

Couve por Shutterstock

Especialistas alertam para a semelhança visual da planta com a couve comum, o que facilita a confusão. A Nicotiana glauca possui folhas mais finas, de textura aveludada e cor verde acinzentada, enquanto a couve tradicional apresenta folhas grossas, com nervuras bem marcadas e um verde mais vivo.

Casos de intoxicação por Nicotiana glauca já ocorreram em outras regiões do Brasil. Em 2012, em Santa Luzia (MG), um homem morreu e quatro familiares ficaram internados após consumirem a planta. Em 2018, em Pio IX (PI), seis pessoas, incluindo duas crianças, foram hospitalizadas após ingerirem suco com folhas da planta; todas receberam alta posteriormente.

Diante disso, a Secretaria de Saúde de Patrocínio reforçou a importância de identificar corretamente as plantas antes do consumo e buscar atendimento médico imediato em casos de suspeita de intoxicação. Não há antídoto caseiro para os efeitos da Nicotiana glauca; o tratamento deve ser realizado exclusivamente em unidades de saúde.

A investigação segue em andamento, e a população é orientada a manter cautela ao consumir plantas desconhecidas, especialmente aquelas que se assemelham a hortaliças comuns.