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'Se foi fazendo o que mais gostava': pai publica carta emocionante após morte da brasileira em trilha

Manoel Marins lembrou que filha sonhava com mochilão e prestou homenagem à jovem

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 25 de junho de 2025 às 08:44

Juliana Marins com os pais
Juliana Marins com os pais Crédito: Reproduçaõ

Manoel Marins, pai de Juliana Marins, voltou a se pronunciar publicamente sobre a perda da filha, que morreu após um acidente durante uma trilha no Parque Nacional do Monte Rinjani, na Indonésia. Nesta quarta-feira (25), ele publicou uma carta aberta nas redes sociais, expressando sua dor e homenageando a jovem. 

Na mensagem, Manoel lembrou que, no início do ano, Juliana contou à família sobre o desejo de fazer um mochilão enquanto ainda era jovem, e foi apoiada por todos. “Quando lhe perguntei se queria que lhe dessemos algum dinheiro para ajudar na viagem, você nos disse: jamais. E assim você viajou com seus próprios recursos que ganhou como fruto do seu trabalho. E como você estava feliz realizando esse sonho. E como nós ficamos felizes com a sua felicidade. Você se foi fazendo o que mais gostava e isso conforta um pouco o nosso coração”, escreveu.

O pai compartilhou também memórias da convivência com a filha, destacando a ausência que agora sente. Ele recordou planos feitos juntos, como o voo de parapente que haviam combinado. Descreveu Juliana como uma pessoa animada, com energia intensa e desejo de aproveitar a vida. “Fica a sua presença em nossa casa, no seu quarto, no seu lugar preferido no sofá da sala. Fica a sua presença marcante na vida de quem teve o privilégio de te conhecer e de conviver contigo. E, especialmente, no meu coração, no da sua mãe e no da sua irmã. Voa, Juju, voa. Voa para os braços do Pai Eterno que lhe aguarda para te guardar para sempre nos seus braços de amor infinito”, escreveu Manoel.

Ele encerra afirmando que um dia eles ainda farão "aquele vôo de parapente" que planejaram para o aniversário da jovem. "E aqui ficaremos, na certeza de nos reencontrarmos um dia e fazer aquele vôo de parapente que estávamos programando para o seu aniversário. Lá no céu, o bom Deus há de nos proporcionar isso. Daqueles que sempre te amaram: papi, mami e Mari", finaliza, assinando também com o nome da mãe e da irmã de Juliana.

Na parte final da carta, ele expressou a esperança de reencontrar a filha. “E aqui ficaremos, na certeza de nos reencontrarmos um dia e fazer aquele voo de parapente que estávamos programando para o seu aniversário. Lá no céu, o bom Deus há de nos proporcionar isso. Daqueles que sempre te amaram: papi, mami e Mari.”

Na noite anterior, Manoel já havia publicado uma homenagem em tom mais íntimo: a letra da canção “Pedaço de Mim”, de Chico Buarque, acompanhada de uma imagem de Juliana e a frase “Pedaço tirado de mim”.

Drones no primeiro dia mostraram a jovem se mexendo por Reproduçáo

Acidente e morte

Juliana sofreu o acidente no sábado (21), quando caiu de um penhasco enquanto fazia trilha no Monte Rinjani. Manoel conseguiu embarcar rumo à Indonésia somente na terça-feira (24), ainda com esperanças de encontrar a filha com vida. No entanto, ao chegar, já havia recebido a confirmação da morte. O voo, que saiu de Lisboa, teve um atraso inesperado, pois precisou alterar a rota inicial que passaria pelo espaço aéreo do Catar, fechado em razão de conflitos na região do Oriente Médio.

Juliana estava em viagem pela Ásia desde fevereiro. Já havia visitado Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de chegar à Indonésia. Natural do Rio de Janeiro e moradora de Niterói, ela era formada em publicidade e propaganda pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e também atuava como dançarina de pole dance.

O corpo da jovem foi localizado na terça-feira (24) e foi içado do local nesta quarta. O resgate enfrentou diversos obstáculos, como o difícil acesso à área, clima instável, equipamentos inadequados, entre eles uma corda que não tinha o comprimento necessário, e informações imprecisas que chegaram até a família.