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Serial killer que matou 4 envenenados é transferida para Tremembé após briga na cadeia

A penitenciária no interior paulista é conhecida por abrigar casos de grande repercussão

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 14 de novembro de 2025 às 07:33

Ana Paula Veloso Fernandes
Ana Paula Veloso Fernandes Crédito: Reprodução

A estudante de direito Ana Paula Veloso Fernandes, 36, apontada pelo Ministério Público de São Paulo como responsável por quatro mortes por envenenamento, foi levada para a Penitenciária Feminina II de Tremembé após um episódio de violência dentro da unidade de Santana. A transferência, realizada no fim de outubro, foi confirmada pelo MP e divulgada inicialmente pelo portal Uol.

Segundo o órgão, promotores foram acionados logo após a chegada da detenta em Santana, quando ela se envolveu em uma briga com outra presa. Embora não tenha apresentado explicação formal, a SAP confirmou que o incidente motivou o deslocamento da investigada para Tremembé.

A penitenciária no interior paulista é conhecida por abrigar casos de grande repercussão e por oferecer regime mais rígido de segurança e controle. O local já recebeu detentas como Suzane von Richthofen e Elize Matsunaga, consolidando sua função de acolher internas consideradas de alta sensibilidade ou risco.

Ana Paula Veloso Fernandes por Reprodução

Irmã gêmea segue em Santana

Enquanto Ana Paula foi transferida, sua irmã gêmea, Roberta, investigada por participar das ações, permanece presa na Penitenciária Feminina de Santana. A denúncia aponta que Ana Paula planejava os envenenamentos e que Roberta prestava apoio logístico, ainda que nem sempre estivesse presente.

Os quatro crimes atribuídos à estudante ocorreram entre janeiro e maio deste ano. Os exames da substância usada nas mortes continuam pendentes: exumações e análises toxicológicas seguem em andamento, segundo o Ministério Público.

Outra investigada no caso, Michele Paiva da Silva - suspeita de contratar Ana Paula para matar o próprio pai no Rio de Janeiro - está em prisão temporária e ainda não foi denunciada.

Como Ana Paula agia, segundo a polícia

As investigações indicam que Ana Paula repetia o mesmo método em diferentes contextos, sempre com substâncias tóxicas, o que a levou a ser classificada como serial killer pela polícia. Apesar disso, a acusada alega motivos diferentes para cada crime que confessou. Promotores sustentam que a irmã tinha conhecimento das ações e  as duas colaboravam entre si.

Veja as quatro vítimas já confirmadas pela polícia:

Neil Corrêa da Silva foi envenenado por Reprodução

Marcelo Hari Fonseca, 51

Locador do imóvel onde Ana Paula e Roberta moravam em Guarulhos, Marcelo foi achado morto nos fundos da residência. A própria estudante chamou a polícia, alegando sentir um “forte odor”. A apuração concluiu que ele havia sido envenenado.

Maria Aparecida Rodrigues

Maria Aparecida passou mal horas depois de visitar a casa de Ana Paula, onde havia comido bolo e tomado café. De acordo com o inquérito, a estudante usava um nome falso e tentou utilizar o episódio para incriminar um policial militar com quem se relacionava.

Neil Corrêa da Silva, 65

A morte ocorreu no Rio de Janeiro, após o consumo de uma feijoada preparada na casa da vítima. A polícia afirma que Ana Paula viajou ao estado após supostamente ser contratada pela filha dele, Michele Paiva da Silva, que teria oferecido R$ 4 mil. O corpo foi exumado para perícia.

Hayder Mhazres, 21

Namorado da investigada, o tunisiano de 21 anos passou mal no apartamento onde estava com ela, no Brás, e morreu em 23 de maio. O corpo foi levado ao país de origem. Investigadores apontam envenenamento como causa.