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Irmã gêmea de serial killer é indiciada por ajudar a irmã em quatro homicídios

Vítimas foram mortas por envenenamento

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 15 de outubro de 2025 às 11:25

As irmãs gêmeas Roberta Cristina Veloso Fernandes (à esquerda) e Ana Paula Veloso Fernandes (no centro)
As irmãs gêmeas Roberta Cristina Veloso Fernandes (à esquerda) e Ana Paula Veloso Fernandes (no centro) Crédito: Reprodução

A Polícia Civil indiciou nesta terça-feira (14) Roberta Cristina Veloso Fernandes, irmã gêmea de Ana Paula Veloso Fernandes, apontada como responsável por uma série de envenenamentos que resultou na morte de quatro pessoas entre janeiro e maio nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Roberta, de 36 anos, foi ouvida no 1º Distrito Policial de Guarulhos, na Grande São Paulo, e passou a ser formalmente investigada pelos homicídios, sob suspeita de ter auxiliado a irmã nos crimes.

Ana Paula, estudante de direito, já responde judicialmente por todas as mortes e é considerada pela polícia uma assassina em série. As investigações também apontam a participação de Michelle Paiva da Silva, filha de uma das vítimas, que teria colaborado nos homicídios e está presa. Roberta foi detida em agosto, Ana Paula em julho, e Michelle permanece sob custódia.

Ana Paula Veloso Fernandes por Reprodução

Em nota, a defesa das irmãs afirmou que ainda não há provas conclusivas sobre o envolvimento delas nos crimes. "Reconhecemos a gravidade dos fatos investigados e a comoção social que geram. No entanto, o dever desta defesa é acompanhar a investigação com a seriedade e a discrição exigidas, zelando estritamente pelos direitos de Ana Paula. Nesta fase, em que as provas ainda estão sendo formadas e examinadas, não é possível, e (seria temerário), afirmar ou negar categoricamente qualquer tese defensiva", disse o advogado Almir da Silva Sobra. O g1 não conseguiu contato com a defesa de Michelle até a última atualização.

Laudo confirma presença de veneno

Peritos do Instituto de Criminalística identificaram a presença de terbufós, um inseticida agrícola, em um frasco apreendido na casa de Ana Paula em Guarulhos. O composto é permitido para uso agrícola, mas pode ser letal para humanos e animais. Segundo a polícia, a universitária teria usado o produto em alimentos como lanche, bolo, feijão e milkshake para eliminar suas vítimas, com o objetivo de se apropriar de bens e dinheiro delas.

As quatro mortes apresentam sinais típicos de envenenamento, incluindo edemas nos pulmões. Três dos corpos foram exumados para análises complementares. O 1º DP de Guarulhos aguarda exames adicionais para confirmar se o mesmo veneno foi usado em todos os homicídios ou se outras substâncias estiveram envolvidas. "Nossa investigação nos levou a crer que Ana Paula matou quatro pessoas envenenadas", afirmou o delegado Halisson Ideiao Leite.

As vítimas

Marcelo Hari Fonseca: dono de um imóvel em Guarulhos, onde alugava os fundos para Ana Paula. Morreu em 31 de janeiro após comer um sanduíche suspeito. A polícia descarta alegação de relacionamento amoroso com a estudante.

Maria Aparecida Rodrigues: amiga virtual de Ana Paula. Morreu em 11 de abril após ingerir um bolo na casa da universitária.

Neil Corrêa da Silva: pai de Michelle Paiva da Silva. Ana Paula teria envenenado feijão oferecido ao homem em Duque de Caxias (RJ). Morreu em 26 de abril.

Hayder Mhazres: tunisiano de 21 anos, morador de São Paulo. Ingeriu milkshake envenenado após tentar terminar namoro com Ana Paula. A vítima faleceu em hospital; a universitária posteriormente teria inventado estar grávida dele.

Em todos os casos, Ana Paula esteve próxima das vítimas ou comunicou a polícia sobre os óbitos, levantando suspeitas das autoridades.

 Ministério Público pretende denunciar Roberta como coautora dos quatro homicídios e Michelle pelo assassinato do próprio pai. As três permanecem sob investigação para apurar se há mais vítimas. Ana Paula está em prisão preventiva na capital paulista, enquanto Roberta e Michelle permanecem detidas temporariamente em Guarulhos.