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Líder do esquema de lavagem de dinheiro que envolve PMs e rifeiros lucrou R$ 23,5 milhões

Ele foi preso por tráfico em 2014 com 30 kg de maconha e uma Mercedes no Caminho das Árvores

  • Foto do(a) author(a) Bruno Wendel
  • Bruno Wendel

Publicado em 17 de abril de 2025 às 05:00

Preso em 2014, Victor movimentou atualmente cerca de R$ 23,5 milhões de forma ilícita
Preso em 2014, Victor movimentou atualmente cerca de R$ 23,5 milhões de forma ilícita Crédito: Almiro Lopes/Arquivo CORREIO

Embora a prisão de 27 pessoas envolvidas num esquema de lavagem de dinheiro, entre elas policiais militares e rifeiros, o líder da quadrilha continua foragido. O traficante Victor da Silva Moreira Paulo, o “Victor Cabeludo”, apontado nas investigações como o “cabeça” da organização, movimentou R$ 23.485.183,32 sem origem lícita. Na manhã desta quarta-feira (16), foi iniciada a audiência de instrução da Operação Falsas Promessas, na Vara de Organização Criminosa, onde os réus são interrogados pelo juiz Waldir Viana. Ao todo, organização movimentou mais de R$ 500 milhões, num esquema conjunto com o Comando Vermelho.  

De acordo com a apuração, ele criou três empresas fictícias, onde o dinheiro da organização era lavado. São elas: Sheep Store, Angelos Pizza e Vlife. Além dele, outros nomes que ocupam lugar de destaque também tiveram as prisões decretadas e estão sendo procurados. São eles: Cirio José Lourenço, Daniel Alves, Flávio Andrade e Emanuele de Castro.

‘Playboy’

Em outubro de 2014, a Polícia Civil prendeu Victor em um edifício residencial, no Caminho das Árvores. À época, os policiais do Departamento de Narcóticos (Denarc) apreenderam 30 quilos de maconha prensada, 2,5 kg de cocaína, um revólver calibre 38, além de um carro Mercedes e um Nissan Sentra.

A prisão ocorreu após denúncias encaminhadas ao departamento sobre o paradeiro do traficante, investigado há cinco meses na ocasião. No local da prisão, alugado por Victor para a prática do tráfico de drogas, os policiais encontraram também R$ 200, em espécie, duas balanças de precisão, um notebook e um celular.

Já naquela época, Victor, que já tinha passagem por tráfico de drogas, em 2008, também era suspeito de participar de um assalto a uma joalheria, em 2010, num shopping de Salvador. Ele tinha outro imóvel alugado em um bairro nobre da capital baiana. Além de armazenar a droga, ele também vendia e distribuía para outros traficantes.

Victor foi preso em 2014 com 30 kg de maconha no Caminho das Árvorres
Victor foi preso em 2014 com 30 kg de maconha no Caminho das Árvorres Crédito: Almiro Lopes/Arquivo CORREIO

Prisões

Até agora, a Polícia Civil já prendeu 27 acusados na segunda fase da operação Falsas Promessas, no último dia 9. O grupo movimentou mais de R$ 500 milhões em rifas ilegais. Os mandados foram cumpridos em Salvador e no Interior do estado.

Os sete policiais militares presos são: Valdomiro Maximiano dos Santos, Antônio César de Jesus, Edson Paim de Oliveira Júnior, Almir Witzlebem Barradas Neto, Alan dos Santos Souza, Adilson Prazeres Barbosa e Lázaro Alexandre Pereira de Andrade, o Alexandre Tchaca, que também é influenciador digital.

A operação do Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco-LD) chegou também aos influenciadores digitais Nanam Premiações e esposa dele, Gabriela Silva ; Ramhon Dias, Franklin Reis, Josemário Lins, entre outros.