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Heider Sacramento
Publicado em 2 de agosto de 2025 às 12:46
A cantora Alcione surpreendeu ao fazer críticas públicas ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante sua participação no programa “É de Casa”, da Globo, na manhã deste sábado (2). Ao vivo, a artista maranhense disse que pretende realizar um ritual espiritual contra o político americano, em tom de brincadeira, enquanto defendia o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). >
“Gostaria de mandar um recado ao Trump. Está saindo o som aí?”, disse a cantora, olhando para os apresentadores. “Ele precisa deixar o Brasil em paz, largar o Alexandre de Moraes, nosso ministro maravilhoso. E hoje, quando sair daqui, eu vou fazer uma macumbinha para o Trump”, afirmou, arrancando risos do elenco do programa.>
Alcione
Ainda durante o bate-papo, Alcione reforçou a crítica ao ex-presidente americano: “Nessa terra [Brasil] tem uma coisa que não tem lá, que é macumba. Será que a macumba de lá é boa?”. Em resposta, uma das jornalistas do programa respondeu: “Acredito que não”. A artista então concluiu: “Eu vou fazer uma macumba para ele deixar o Brasil em paz”.>
As declarações de Alcione acontecem em meio à repercussão do novo tarifaço imposto por Trump às exportações brasileiras, que impõe uma taxa de 50% sobre produtos do Brasil e ainda sanciona Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky. O assunto dominou o noticiário ao longo da semana e também foi pauta do programa "Mais Você", na última quinta-feira (31), com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).>
Na conversa com Ana Maria Braga, Alckmin criticou as medidas. “É sobre o valor do produto que você importa, o que nós exportamos para os Estados Unidos. Os Estados Unidos não são o primeiro parceiro do Brasil — quem mais compra do Brasil é a China”, afirmou. Apesar disso, ele destacou a relevância dos EUA na economia brasileira: “É o primeiro investidor no Brasil, e é para onde a gente vende mais produto industrial, manufatura, valor agregado, avião, máquinas, motores”.>
O novo decreto, assinado no dia 30 de julho por Trump, estabelece que a taxação entra em vigor a partir do dia 6 de agosto. No entanto, o texto do governo norte-americano prevê uma lista com 694 exceções e justifica as sanções como uma resposta a supostas ameaças do Brasil à segurança nacional e à política externa dos EUA.>