Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Conheça a menor cobra do mundo, que reapareceu depois de muitos anos sem registros

Florestas caribenhas guardam segredos como a menor cobra do mundo

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 30 de julho de 2025 às 08:30

Florestas caribenhas guardam segredos como a menor cobra do mundo
Menor cobra do mundo mede cerca de 10 cm Crédito: Reprodução: YouTube

A menor cobra do mundo, conhecida como Tetracheilostoma carlae, foi encontrada novamente em Barbados após quase vinte anos sem registros. Considerada extinta por alguns pesquisadores, a espécie foi localizada em uma floresta preservada durante uma missão científica realizada em março de 2025.

Tetracheilostoma carlae é a menor cobra do mundo por Reprodução

A ação foi conduzida por uma equipe de biólogos locais em parceria com a organização ambiental Re:wild, que se dedica à busca por espécies raras e desaparecidas.

Com menos de 10 centímetros e corpo semelhante a um espaguete fino, a pequena cobra vive enterrada no solo, o que dificulta sua observação.

O exemplar foi descoberto sob uma pedra, em um dos poucos fragmentos de floresta nativa da ilha. Após exames detalhados, os cientistas confirmaram tratar-se da mesma espécie descrita pela primeira vez em 2008, com base em características como escamas nasais únicas, olhos laterais e faixas sutis de cor no dorso.

Persistência científica leva à redescoberta

A equipe responsável enfrentou longos dias de campo, com buscas em terrenos acidentados e vegetação densa. A missão exigiu paciência e preparo técnico para identificar sinais de vida em meio ao ambiente subterrâneo. O momento da descoberta foi celebrado por todos como uma conquista científica e ambiental de grande importância.

Depois de ser capturada com todo o cuidado necessário, a cobra foi enviada a um laboratório para verificação. Os exames confirmaram sua identidade e descartaram a possibilidade de ser confundida com outras espécies similares, como a cobra-cega-braminus, que habita algumas regiões do Caribe.

Uma espécie com hábitos discretos e únicos

A biologia da Tetracheilostoma carlae é pouco conhecida, mas sabe-se que ela vive quase toda sua vida sob o solo. Ela não enxerga, mas usa o tato e o olfato para se orientar e localizar presas como cupins e larvas. Por isso, é essencial que o ambiente em que vive esteja estável e protegido contra impactos externos.

Sua reprodução também é limitada: cada fêmea coloca apenas um ovo por ciclo. Esse fator reduz significativamente a taxa de crescimento populacional, tornando a espécie ainda mais vulnerável diante de pressões ambientais como desmatamento e poluição do solo.

Florestas fragmentadas, fauna ameaçada

A ilha de Barbados já perdeu quase toda sua cobertura vegetal nativa, restando apenas trechos isolados como o que abrigava a cobra. Esses fragmentos, embora importantes, não são suficientes para manter populações saudáveis de espécies raras, especialmente aquelas tão sensíveis como a Tetracheilostoma carlae.

A degradação contínua coloca em risco definitivo a biodiversidade local. Sem ações de conservação que garantam a integridade dessas áreas, os pequenos animais endêmicos desaparecerão, muitas vezes sem sequer terem sido totalmente estudados ou compreendidos.

Esperança em forma de serpente

A reaparição da menor cobra do mundo não é apenas uma curiosidade científica: é uma oportunidade concreta de mudar a forma como se encara a conservação da biodiversidade. Ela representa um lembrete de que ainda há tempo para agir, mas esse tempo é curto.

Preservar o pouco que resta da natureza em Barbados, apoiar projetos de pesquisa e promover a educação ambiental são medidas fundamentais para que casos como esse deixem de ser exceções e passem a representar uma nova política ambiental mais efetiva e abrangente.