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De mocinho a vilão: abacate gera alerta mundial e consumo passa a preocupar médicos e nutricionistas

Considerado um “superalimento” nos últimos anos, o abacate agora entra na mira de especialistas, que alertam para riscos no consumo excessivo e contraindicações importantes

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 18 de outubro de 2025 às 08:33

Entenda como o abacate foi de mocinho a vilão na alimentação
Entenda como o abacate foi de mocinho a vilão na alimentação Crédito: Freepik

Durante anos, o abacate foi exaltado como o “ouro verde” da alimentação saudável. Mas novas análises de especialistas e entidades de saúde colocam em xeque seu consumo irrestrito, principalmente para determinados grupos de risco.

Embora seja fonte de gorduras boas e nutrientes valiosos, o abacate pode representar um perigo silencioso se ingerido de forma inadequada ou por pessoas com condições específicas de saúde.

Bolo de abacate com iogurte e morango (Imagem: A_Lein | Shutterstock) por Imagem: A_Lein | Shutterstock

Do "superaliemento" ao alerta mundial

O abacate conquistou o paladar, e a dieta, de milhões de pessoas ao redor do mundo. Rico em gorduras monoinsaturadas, vitaminas e minerais, foi por muito tempo exaltado como um aliado da boa forma e da saúde do coração.

Além disso, sua textura cremosa e sabor neutro tornaram a fruta presença constante em receitas salgadas e doces, de torradas matinais a smoothies proteicos.

Contudo, a Organização de Consumidores e Usuários (OCU) da Espanha e especialistas em nutrição têm reforçado alertas sobre os efeitos adversos de seu consumo excessivo. O que antes era unanimidade começa a dividir opiniões no campo da alimentação saudável.

Isso não significa que a fruta seja “vilã”, mas, assim como qualquer alimento, o abacate exige equilíbrio e atenção às particularidades de cada organismo. Entender suas contraindicações é essencial para evitar riscos à saúde.

As contradições que poucos conhecem 

O impacto de qualquer alimento depende não apenas de sua composição nutricional, mas também de fatores como frequência de consumo, quantidade ingerida e condições individuais. No caso do abacate, certos grupos devem redobrar a atenção.

Pessoas com problemas renais, por exemplo, podem ter complicações devido ao alto teor de potássio da fruta.

Outro ponto relevante está no teor calórico: cerca de 150 kcal a cada 100 g. Em dietas com restrição calórica, o consumo descontrolado pode dificultar a perda de peso ou até favorecer o ganho indesejado de gordura corporal.

Além disso, quem tem alergia ao látex precisa ficar atento. A chamada “síndrome látex-fruta” pode desencadear reações alérgicas em indivíduos sensíveis, e o abacate é uma das principais frutas envolvidas nesse tipo de resposta.

Problemas digestivos e desinformação

Apesar de saudável, o abacate contém sorbitol, um álcool de açúcar que pode causar desconfortos gastrointestinais como cólicas, gases e diarreia em pessoas sensíveis. Isso ocorre porque o sorbitol não é totalmente absorvido pelo intestino, levando à fermentação e aos sintomas incômodos.

Paralelamente, há uma onda de desinformação sobre seus supostos “poderes milagrosos”. Muitos acreditam que o abacate pode curar doenças, acelerar a perda de peso ou até ter efeito afrodisíaco, nenhuma dessas afirmações tem respaldo científico sólido.

Embora contenha fibras e antioxidantes, a fruta não deve ser vista como solução isolada para problemas de saúde. Especialistas alertam que a base de uma boa alimentação é a variedade, e não a supervalorização de um único ingrediente.

Substitutos saudáveis para equilibrar a dieta

Reduzir ou moderar o consumo de abacate não significa abrir mão de uma dieta rica em nutrientes. Outras frutas podem desempenhar papéis semelhantes, com benefícios igualmente poderosos.

Morangos, por exemplo, são abundantes em vitamina C e antioxidantes, fortalecendo o sistema imunológico e contribuindo para a saúde cardiovascular.Cerejas e mangas são opções tropicais que oferecem sabor, versatilidade e proteção contra radicais livres, além de ajudarem na digestão graças ao teor de fibras.

Kiwis e mamões completam a lista de alternativas nutritivas, com vitaminas, minerais e compostos bioativos que fortalecem o organismo.

Ao diversificar o cardápio, você reduz riscos associados ao consumo excessivo de um único alimento e aproveita uma gama mais ampla de benefícios à saúde. A chave está no equilíbrio, e não em um “alimento milagroso”.