Gary 'Mani' Mounfield, baixista do Stone Roses, morre aos 63 anos

Gary “Mani” Mounfield, um dos baixistas mais influentes da cena britânica, morreu aos 63 anos. A notícia foi confirmada nesta quinta-feira (20) pelo irmão do músico, Greg Mounfield, que compartilhou a perda nas redes sociais. A causa da morte não foi revelada.

A morte de Mani abalou profundamente artistas que cresceram inspirados por seu som. Entre eles, Liam Gallagher, do Oasis, que declarou estar “em total choque e absolutamente devastado” ao perder alguém que chamou de “meu herói”. O vocalista Ian Brown, eterno parceiro de Stone Roses, e Shaun Ryder (Happy Mondays) também prestaram homenagens.

Mani entrou para o Stone Roses muito jovem, em 1979, aos 16 anos, e ajudou a banda de Manchester a alcançar status de culto no final dos anos 1980. O primeiro álbum do grupo, The Stone Roses (1989), é até hoje considerado um marco do rock britânico e pilar do movimento Madchester.

O baixista permaneceu na formação até 1996, quando o quarteto decidiu encerrar as atividades. Logo depois, Mani embarcou em uma nova fase com o Primal Scream, onde ficou até 2011, retornando ao Stone Roses no ano seguinte, para a aguardada turnê de reunião.

Além das gravações históricas com o Stone Roses, Mani também deixou sua marca no lado mais psicodélico do Primal Scream, com faixas como “Kowalski” e “Star”, de 1997.

Mani deixa dois filhos gêmeos, de 12 anos. Em 2023, ele perdeu a esposa, Imelda, vítima de câncer no intestino, uma perda que abalou profundamente o músico.

Mesmo após décadas de carreira, ele seguia ativo e havia anunciado recentemente uma série de eventos no Reino Unido, nos quais contaria histórias de bastidores, como o lendário show em Spike Island (1990) e a reunião da banda em 2012. A turnê estava marcada para ocorrer entre 2026 e 2027.

Fundador do que viria a ser o Stone Roses, Mani começou o grupo ao lado de John Squire e Andy Couzens, ainda nos primórdios dos anos 1980, quando a banda atendia por outros nomes. Com a chegada de Ian Brown, o quarteto consolidou a formação que faria história.

Com clássicos como “I Wanna Be Adored” e “She Bangs the Drums”, o som de Mani influenciou uma geração inteira de músicos e continua influenciando.