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Grávida com morte cerebral é mantida viva e bebê nasce em cesárea de emergência

Bebê nasceu prematuro, aos seis meses de gestação após Adriana Smith ser mantida viva por conta de leis antiaborto

  • Foto do(a) author(a) Ana Beatriz Sousa
  • Ana Beatriz Sousa

Publicado em 19 de junho de 2025 às 08:00

Adriana Smith
Adriana Smith Crédito: Reprodução

Uma história comovente comovente vinda da Geórgia, nos Estados Unidos, tem chamado a atenção internacional: a americana Adriana Smith, de 31 anos, deu à luz enquanto estava com morte cerebral declarada. O bebê, chamado Chance, nasceu prematuramente por cesariana de emergência na última sexta-feira (13), com cerca de seis meses de gestação e apenas 850 gramas. Agora, o pequeno luta pela vida em uma UTI neonatal.

Adriana foi internada em fevereiro de 2025 após sentir uma forte dor de cabeça. Inicialmente tratada como um mal-estar comum, a situação evoluiu rapidamente. No dia seguinte à primeira consulta médica, ela retornou ao hospital com dificuldade para respirar. Foi então diagnosticada com coágulos sanguíneos no cérebro e, pouco depois, teve morte cerebral declarada.

Na época, a jovem estava com nove semanas de gravidez. Desde então, foi mantida viva por aparelhos com o único objetivo de permitir que a gestação fosse levada adiante. A decisão foi determinada pelas rígidas leis estaduais da Geórgia, conhecidas como “lei LIFE”, que restringem severamente a possibilidade de interrupção da gravidez após a detecção dos batimentos cardíacos do feto — o que normalmente ocorre por volta da sexta semana.

Adriana Smith por Reprodução

A mãe de Adriana, April Newkirk, lamenta o sofrimento da filha e da família. “Nós queríamos o bebê. Ele é parte da minha filha. Mas essa decisão deveria ter sido nossa, e não do estado”, desabafou em entrevista à emissora local 11Alive.

Chance, cujo nome em inglês carrega o significado de “esperança” ou “oportunidade”, nasceu com vida e está recebendo cuidados intensivos. “Ele está lutando. Só queremos orações por ele”, pediu April, emocionada.

Os aparelhos que mantinham Adriana respirando artificialmente foram desligados nesta terça-feira (17). A jovem, além de Chance, também era mãe de um menino de 7 anos.

O caso reacende debates sobre os limites da legislação antiaborto nos Estados Unidos, especialmente em situações complexas como essa, onde a paciente já não tinha qualquer atividade cerebral e não pôde expressar sua vontade em vida. A história de Adriana e Chance gerou grande repercussão, tanto pelo drama familiar quanto pelas implicações éticas e legais em torno da autonomia corporal e dos direitos reprodutivos das mulheres.