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Junior Lima precisou de 20 anos de terapia para lidar com sexualidade: 'Sensibilidade muito aflorada'

Cantor falou sobre os impactos das fofocas da adolescência e a luta para manter sua sensibilidade em meio ao machismo

  • Foto do(a) author(a) Fernanda Varela
  • Fernanda Varela

Publicado em 7 de agosto de 2025 às 13:03

Júnior Lima
Júnior Lima Crédito: Reprodução

Irmão de Sandy, o cantor Junior Lima falou abertamente sobre as fofocas envolvendo sua sexualidade no fim dos anos 90 e início dos anos 2000. Segundo ele, os boatos foram tão frequentes e agressivos que o levaram a um longo processo de autoconhecimento. “Imagina! 20 anos de análise”, desabafou o cantor em entrevista ao Saia Justa.

Júnior Lima e Mônica Benini por Reprodução/Instagram

Junior contou que a adolescência foi marcada por uma insegurança profunda, resultado direto das especulações sobre ele ser ou não gay. “Existiram muitos boatos em relação à minha sexualidade na minha adolescência. E isso, para mim, gerou uma série de coisas que, na época, eu não entendia, mas gerou uma insegurança absurda. Por ser um homem, principalmente ali no final dos anos 90, 2000, que era completamente diferente de hoje em dia, da consciência de hoje", afirmou.

O músico também explicou que, por sempre ter vivido em ambientes artísticos e femininos, acabou sendo alvo de interpretações equivocadas. “Sempre fui um homem que viveu na arte, que viveu dançando, na música, compondo... É um ambiente extremamente feminino, porque estava o tempo todo com a minha mãe e irmã. Então, eu tive uma sensibilidade muito aflorada, era um homem simpático, preocupado com as mulheres ao meu entorno. E isso se voltava contra mim. Naquela época, principalmente.”

Junior disse que nunca se incomodou com os comentários em si, nem tem preconceito, mas o machismo estrutural da época o afetou profundamente. “Era um período muito machista. Então o que isso gerava em mim, e era sempre à base de fofoca, reflete em mim até hoje. Imagina! 20 anos de análise e eu tive que peitar muita coisa e ser muito corajoso para continuar sendo quem eu simplesmente era e não negar a minha sensibilidade, a minha empatia que eu sempre tive. Sempre fui muito preocupado com o próximo. E isso era confundido, sabe? Um cara que se permitia dançar, como assim? E isso me atrapalha até hoje na minha profissão. Tem gente que tem preconceito comigo até hoje.”