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Nego Di quebra silêncio sobre condenação por estelionato: 'Fui enganado'

Humorista foi condenado a 11 anos de prisão por esquema de venda de produtos não entregues

  • Foto do(a) author(a) Elis Freire
  • Elis Freire

Publicado em 16 de junho de 2025 às 06:43

Nego Di fala sobre condenação a 11 anos de prisão
Nego Di fala sobre condenação a 11 anos de prisão Crédito: Reprodução

O comediante Nego Di quebrou o silêncio sobre a condenação a 11 anos e oito meses de prisão por estelionato ao lado do sócio Anderson Bonett. O ex-BBB disse que também foi vítima de Bonett, que chamou de “estelionatário profissional".

"Eu também fui enganado", disse Nego Di em entrevista Domingo Espetacular, da Record, exibida neste domingo (15). Na entrevista, ele disse que não teve responsabilidade pelos produtos vendidos pela loja virtual “Tadizuera”, e não entregues. De acordo com o processo, aproximadamente 370 clientes foram lesados.

"Eu tenho consciência de que, através de mim, um estelionatário acabou enganando pessoas. E eu gostaria de dizer que sinto a dor dessas pessoas porque eu vim do mesmo lugar dessas pessoas", disse Nego Di, ressaltando a sua origem social humilde.

"Eu comecei a minha vida no fundo do poço. Sou filho único, de mãe solteira. Morei a vida inteira de aluguel, fui despejado várias vezes. Consegui ascender e, quando eu achei que estava no meu melhor momento, e realmente estava, a minha vida desabou”, desabafou sobre a prisão em julho de 2024

O gaúcho garantiu que a loja não era dele, mas admitiu que foi chamado para ser sócio, mas não recebeu os contratos. Segundo ele, tudo foi uma grande enganação. "A loja não era minha. Eu confiei numa pessoa que eu não conhecia direito, ele é um estelionatário profissional, não dá golpezinho. Eu queria que as pessoas comprassem porque eu também acreditava nele".

‘Comprovante simbólico’

Nego Di falou ainda sobre um comprovante compartilhado no Instagram referente a uma suposta doação de 1 milhão de reais às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul em 2024. O ex-BBB admitiu que não doou o valor informado.

“Eu doei aproximadamente a metade do valor e acordei com ele para pagar parcelado o restante e fui preso depois”, justificou.

Ao ser questionado sobre a reincidência dos seus erros, enganando novamente as pessoas, o humorista afirmou: "Não é sempre a mesma história, porque em uma história fui enganado e na outra estava simplesmente fazendo uma doação".

Condenação

Dílson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, foi condenado a 11 anos e oito meses de prisão em regime fechado pelo crime de estelionato, assim como seu ex-sócio, Anderson Bonetti. A decisão foi proferida pela Justiça do Rio Grande do Sul.

Na sentença proferida pela juíza Patrícia Pereira Krebs Tonet, Nego Di e Anderson Bonetti são acusados de vender produtos e não entregá-los por meio da loja online “Tadizuera”. Os crimes foram cometidos entre 18 de março a 26 de julho de 2021 e atingiram 16 vítimas em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

De acordo com a magistrada, os condenados tiveram “vantagem financeira expressiva e de lesividade social altíssima, pois focado em pessoas de condição financeira não elevada, em comércio de bens de consumo necessários”. Além disso, os réus “retardavam a percepção geral de que se tratava de um crime”.

A defesa de Nego Di disse ao g1 que o humorista “nunca foi sócio de Anderson Bonetti, tampouco participou da gestão da plataforma”. “Sua imagem foi utilizada para promover o projeto, confiando nas informações e responsabilidades atribuídas à outra parte envolvida. Não existia vínculo societário formal, nem atuação conjunta na administração do negócio”, informou a nota.

O humorista gaúcho responde em liberdade até o transito em julgado, enquanto seu sócio Anderson Bonetti segue preso preventivamente.