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'Nunca prometi dinheiro fácil', diz Virginia Fonseca em Depoimento à CPI das Bets

A influenciadora nega incentivo a apostas abusivas e afirma seguir regras de publicidade em contrato

  • Foto do(a) author(a) Ana Beatriz Sousa
  • Ana Beatriz Sousa

Publicado em 13 de maio de 2025 às 12:27

'Nunca prometi dinheiro fácil', diz Virginia Fonseca em Depoimento à CPI das Bets Crédito: Reprodução/TV Senado

A influenciadora digital Virginia Fonseca compareceu nesta terça-feira (13) ao Senado Federal para prestar depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Apostas Esportivas, mais conhecida como CPI das Bets. Sorridente e acompanhada do marido, o cantor Zé Felipe, a criadora de conteúdo afirmou que estava disposta a "esclarecer tudo".

Em sua fala inicial, Virginia destacou sua trajetória: "Tô um pouco nervosa, é a primeira vez que passo por isso. Comecei na internet com 17 anos, hoje tenho 26. Me tornei mãe, empresária, apresentadora. Espero esclarecer todas as dúvidas hoje, porque tem coisas que a gente não pode falar só na internet."

A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), relatora da CPI, garantiu que o objetivo da comissão é aprimorar a legislação e não expor os depoentes. Já o presidente da comissão, senador Dr. Hiran, destacou que Virginia foi convocada como testemunha, e não como investigada.

Virginia negou qualquer cláusula em seu contrato com a empresa Esportes da Sorte que envolvesse participação nos prejuízos dos apostadores. "Isso não existe. Nunca recebi por perda de ninguém. Meu contrato previa que, se eu dobrasse o lucro da empresa, ganharia 30% a mais. Mas isso nunca aconteceu", afirmou.

A influenciadora também afirmou que sempre deixou claro, nas publicidades, que se tratava de jogos de azar para maiores de 18 anos. "Nunca falei que era pra ganhar dinheiro da vida. Sempre destaquei que era um jogo, que pode ganhar e pode perder. Coloquei as imagens exigidas pelo Conar, como manda a lei."

Questionada sobre a investigação contra a Esportes da Sorte, ela respondeu que, à época dos desdobramentos, já não mantinha vínculo com a empresa. "Eu apenas recebia um briefing e cumpria com o trabalho publicitário. Quando começaram as investigações, o contrato já tinha sido encerrado", explicou.

Durante o depoimento, o senador Izalci Lucas perguntou se havia exclusividade em seu contrato e se ela buscou formas de mitigar o impacto da divulgação. Virginia confirmou a exclusividade e reiterou que sempre cumpriu as entregas previstas, reforçando os alertas nos conteúdos publicitários.

A sessão foi iniciada às 11h25. Embora tenha obtido no Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de permanecer em silêncio, Virginia optou por falar e colaborar com os questionamentos dos senadores. A decisão foi garantida pelo ministro Gilmar Mendes, que também assegurou respeito e presença de advogado durante toda a oitiva.

Com mais de 53 milhões de seguidores, Virginia é uma das figuras mais influentes do país nas redes sociais e já participou de campanhas milionárias com empresas de apostas online. A CPI investiga o papel de influenciadores na promoção de jogos de azar, especialmente diante da preocupação com o público jovem e vulnerável.