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Oncologista atualiza situação do câncer de Preta Gil e alerta como evitar doença: 'Tolerância zero'

Oncologista diz que bebida alcoólica e ultraprocessados são grandes vilões para a saúde

  • Foto do(a) author(a) Fernanda Varela
  • Fernanda Varela

Publicado em 20 de março de 2025 às 16:36

Preta em novos registros
Preta em novos registros Crédito: Reprodução

Responsável pelo tratamento do câncer de Preta Gil, a médica oncologista Fernanda Capareli, especialista em tumores gastrointestinais, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, atualizou o estado de saúde da artista. A cantora trata um câncer colorretal desde 2023.

"A Preta está em recuperação de uma cirurgia de grande porte e os próximos passos vão depender dos exames de acompanhamento, como ressonância magnética e PET-CT, que deverão ser feitos até o fim desta semana. Não há lesão visível. Esses exames deverão ser repetidos a cada três meses. A cada 2 ou 3 semanas ela tem feito exames de sangue para ver função renal e outras taxas sanguíneas. Depois de um diagnóstico de um câncer, os exames regulares são fundamentais", explicou em entrevista ao O Globo.

"O que define se o paciente está curado ou não é o tempo. Na maioria dos tumores, a maior chance de recidiva é nos primeiros 18 meses, período de tempo que chamamos de ‘golden hour’, quando os exames são feitos em intervalos menores. O acompanhamento segue no mínimo por mais cinco anos e há casos em que tem de ser para sempre. Em meados de abril, Preta deverá voltar ao Memorial Sloan Kettering Cancer Center (hospital de referência no tratamento oncológico nos Estados Unidos), para mostrar os resultados da cirurgia", seguiu.

A profissional comentou ainda sobre o aumento de casos desse tipo de tumor em pessoas com idade inferior a 50 anos, como foi o caso da filha de Gilberto Gil. Segundo ela, hábitos de vida estão diretamente ligados ao surgimento do câncer.

"Sob ponto de vista epidemiológico, a Preta é o retrato da realidade atual. O câncer colorretal tem diminuído na população global. Isso é fruto de um esforço médico imenso de rastreio, com exames de colonoscopia e sangue oculto nas fezes. Mas temos visto aumento da incidência entre jovens. Trata-se de um grave problema de saúde pública. Esse é um tipo de tumor que tem relação com hábitos de vida, vindo muitas vezes de idades mais precoces, como infância e adolescência", explica.

"Estudos sinalizam que uma dieta a longo prazo mais rica em gordura animal, com menos fibras e menos vitaminas crie uma flora intestinal e mucosa mais propensas a inflamação e pólipos. E isso aumenta o risco de uma célula degenerar para uma tumoral. Cigarro é grande fator de risco também. Existe uma informação recente na medicina que prega tolerância zero ou muito próxima de zero para o álcool e os ultraprocessados. Não existe dose segura de bebida alcoólica e ultraprocessado, portanto. Mas reforço que os hábitos de vida ruins contribuem para um câncer, eles não são determinantes. Não há uma única causa, é uma doença multifatorial", completa.

Segundo a oncologista, quem não tem histórico da doença em parentes de primeiro grau (pais, irmãos e filhos) deve começar a fazer colonoscopia aos 45 anos. Já quem tem um familiar de primeiro grau com o câncer deve começar aos 40 anos ou 10 anos antes da idade em que o parente foi diagnosticado.