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Millena Marques
Publicado em 3 de maio de 2025 às 12:32
O irmão de Nana Caymmi, Danilo Caymmi, comentou sobre a opinião partidária da cantora e citou 'aproveitamento político', sem especificar nomes, após a morte da artista. Nana era apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que lamentou a perda em seu perfil do X. O presidente Lula (PT), que costuma lamentar publicamente a morte de artistas, não se posicionou. >
"A gente repudia o aproveitamento político que está sendo feito com relação à ela (Nana). Para vocês terem ideia, a Nana não tinha celular, não tinha e-mail, rede social nenhuma, alheia aos acontecimentos por, no mínimo, dez anos. Então, isso é muito grave. A opinião política dela era completamente superficial", disse Danilo Caymmi em vídeo publicado no Instagram, neste sábado (3).>
"Eu falo para as pessoas que gostam da Nana, dos artistas, das pessoas que ela ofendeu de certa maneira, que foi muito difícil para nós. Enfim, era muito superficial (o posicionamento político). Eu acho que ela foi, de certa maneira, manipulada com relação a essas coisas. Então, é muito difícil ver esse aproveitamento político, um Brasil polarizado, a contragosto, acho que de todos", concluiu Danilo Caymmi. >
Diferente do grupo de amigos formado por Caetano, Gilberto Gil e Maria Bethânia, Nana declarou publicamente o apoio a Jair Bolsonaro. “É injusto não dar a esse homem um crédito de confiança. Um homem que estava fodido, esfaqueado, correndo para fazer um ministério, sem noção da mutreta toda… Só de tirar PMDB e PT já é uma garantia de que a vida vai melhorar. Agora vêm dizer que os militares vão tomar conta? Isso é conversa de comunista”, disse, em entrevista à Folha, em 2019.>
Na época, Nana fez críticas a Gil, com foi casada entre 1967 e 1969, Caetano e Chico Buarque. “Vão para o Paraná fazer companhia a ele. Eu não me importo”, disse, referindo-se à prisão de Lula em Curitiba.>